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Investimento da Petrobras em 2016 será de US$ 20 bilhões, diz Parente

Parente destacou a necessidade de a "empresa estar protegida de qualquer interesse partidário"

Estadão Conteúdo
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Publicado em 02/06/2016 às 12:41
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
Parente destacou a necessidade de a "empresa estar protegida de qualquer interesse partidário" - FOTO: Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
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O novo presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou que a empresa vai investir US$ 20 bilhões neste ano. Em cerimônia de posse, ele ressaltou que a empresa será pautada "por critérios técnicos e pela responsabilidade econômica e financeira" para reconquistar a posição de "orgulho de todos os brasileiros".

Parente destacou a necessidade de a "empresa estar protegida de qualquer interesse partidário" e convocou os empregados a participarem do seu projeto de reconstrução da Petrobras.

Prioridades

O novo presidente da Petrobras afirmou que a recuperação financeira e a adoção de custos competitivos são prioridades de sua gestão. Segundo o executivo, além da corrupção, as finanças da empresa foram comprometidas por investimentos irrealistas em custo, prazo e premissas. 

"Muitos apostaram que a Petrobras quebraria e aprofundaria a recessão do País. Mas foram feitos duros cortes, sem os quais a companhia não teria caixa hoje", disse Parente, parabenizando a gestão do seu antecessor, Aldemir Bendine, que, em sua opinião, administrou a empresa sem interferências partidárias.

Ele citou o grande gasto com projetos da área de abastecimento, como refinarias, que não apresentaram o retorno esperado, o que fez com que a dívida "explodisse". Segundo Parente, os recursos da megacapitalização foram gastos neste projeto e menos de um terço com o pré-sal. "Por essa explosão, a empresa paga taxas de juros acima dos seus concorrentes. Seus ratings são muito piores", afirmou.

Incertezas regulatórias

Parente criticou também incertezas regulatórias e aumento da carga tributária, promovidos por Estados, como aconteceu recentemente no Rio de Janeiro. Em sua opinião, esses fatores "tornam investimentos inviáveis". "A empresa não pode se confundir com as políticas do Estado brasileiro. Seus pilares são a governança, os investimentos com geração de retorno e o monitoramento de riscos", disse.

Segundo o novo presidente da Petrobras, a política de preços de derivados "terá relação clara e inconteste com a geração de retorno", afirmou. Ele disse também que, em 60 dias, a revisão estratégica da companhia será concluída. "Vamos fazer roadshows para avaliar a diretriz estratégica. A busca de resultados adequados entre dívida e geração de caixa será a obsessão", complementou.

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