A indústria registrou avanço na produção em 11 dos 24 ramos pesquisados na passagem de março para abril, segundo a Pesquisa Industrial Mensal divulgada nesta quinta-feira (2), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre os setores, os principais impactos positivos foram os aumentos registrados por produtos alimentícios (4,6%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,0%).
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O setor de alimentos apontou a segunda alta consecutiva, acumulando nesse período um crescimento de 10,9%. Já o de biocombustíveis conseguiu eliminar parte do recuo de 6,7% verificado em março.
O resultado de ambos em abril foi impulsionado pela antecipação da moagem da cana-de-açúcar, que beneficiou tanto a produção de açúcar quanto a de álcool.
"Houve melhora das condições climáticas, um clima mais seco na região Centro-Sul. Esses produtos têm comportamento mais positivo em relação não apenas a março mas também em relação a abril de 2015. Teve antecipação da safra de cana, ela começou a ser processada antes", justificou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.
Os dois segmentos tiveram influência importante para explicar a ligeira alta de 0,1% na indústria em abril ante março, ressaltou Macedo. Mas outras contribuições positivas importantes foram das indústrias extrativas (1,3%), celulose, papel e produtos de papel (2,7%), máquinas e equipamentos (2,0%), bebidas (2,4%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (1,9%).
"Ainda há predomínio de atividades em queda. Entre as 24 atividades, 13 mostram resultado negativo", ponderou o pesquisador.
Dentre os treze ramos que reduziram a produção, os destaques foram veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,5%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-10,9%). As duas atividades vinham de avanços no mês anterior: 2,0% e 10,5%, respectivamente.
Outros impactos negativos relevantes foram de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-2,6%), metalurgia (-2,5%), outros equipamentos de transporte (-5,5%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-3,1%), produtos de metal (-1,3%) e produtos do fumo (-11,9%).