O dólar começou a segunda-feira (20), em queda ante o real, acompanhando o movimento da moeda ante as principais rivais, além de moedas emergentes e ligadas a commodities. O apetite a risco é trazido pela expectativa de que os britânicos votem pela permanência do Reino Unido na União Europeia no plebiscito da próxima quinta-feira (23).
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Ativos tidos como mais seguros, como os Treasuries e o ouro, também são influenciados, especialmente pela pesquisa publicada no Mail on Sunday indicando que não haverá "Brexit", ou seja, a saída do Reino Unido da UE. Os juros dos Treasuries avançam, refletindo a queda nos preços dos papéis, enquanto o ouro exibe perdas superiores a 1%.
Às 9h30, o dólar à vista caía 1,21%, a R$ 3,3799. O dólar para julho caía 1,05%, a R$ 3,3910.
No Brasil, as atenções estão nas discussões das dívidas dos Estados. Os secretários de Fazenda estaduais reúnem-se pela manhã com o Tesouro Nacional (10 horas). À tarde, os governadores se encontram com o presidente em exercício, Michel Temer (15 horas).
Na sexta-feira, após o decreto de calamidade pública anunciado pelo governo do Rio de Janeiro, o presidente não quis comentar o assunto e disse que o tema seria tratado na reunião desta segunda. Conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo, a ala política do governo defende um alívio maior que o oferecido pelo Ministério da Fazenda: uma moratória de dez meses.
O Ministério da Fazenda ofereceu apenas um mês de suspensão de 100% dos débitos e uma queda gradual da carência de 5% a cada mês.