O número de empresas inadimplentes cresceu 13,01% em maio, na comparação com o mesmo período de 2015, segundo levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Na comparação de maio com o mês anterior, sem ajuste sazonal, o número de empresas inadimplentes cresceu 0,71%. Os números não incluem a região Sudeste em função da existência de uma lei em São Paulo que dificulta a negativação de pessoas físicas e jurídicas no Estado.
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O estudo mostra também um crescimento na variação da quantidade de dívidas em atraso em nome de pessoas jurídicas, de 16,21% na comparação interanual. "O recuo da atividade econômica tem refletido em queda do faturamento das empresas e, com isso, a capacidade desses empresários honrarem seus compromissos e manterem um bom fluxo de caixa também é afetada", destacou em nota o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.
De acordo com o indicador do SPC Brasil, o setor credor que apresentou o maior crescimento das dívidas de pessoas jurídicas foi o industrial. Na sequência, no ranking de para quem as empresas estão devendo, aparece o comércio, com 21,11%. Entre os segmentos devedores, por outro lado, as altas mais expressivas foram registradas em serviços (15,50%) e comércio (13,2%).
Na divisão geográfica, destaque para a região Nordeste, com aumento de 14,69% no número de empresas negativadas no último mês, em relação a maio do ano passado. "Em seguida aparece o Centro-Oeste, que registrou avanço de 13,72% na mesma base de comparação, o Norte (12,49%) e o Sul (10,89%)", aponta a SPC e a CNDL.
SERASA
Os números são corroborados por estudo elaborado pela Serasa Experian. Dados divulgados nesta segunda-feira, 27, mostram que o número de inadimplentes cresce principalmente nas regiões Norte e Nordeste. Na comparação entre março e o mesmo período do ano passado, o número de inadimplentes cresceu 17,9% no Acre, por exemplo. Na sequência aparece a Bahia, com aumento de 15,9% no período. Ceará (15,7%), Piauí (15%), Maranhão (14,4%) e Sergipe (13,9%) também se destacam na lista.
No estudo da Serasa Experian, que analisa o número total de negativados, o Brasil já reúne aproximadamente 60 milhões de pessoas nessa situação. Esta é a maior taxa já registrada pela Serasa desde 2012, quando teve início o levantamento.