O governo não tem dinheiro para atender o pedido da Eletrobras de receber aporte da União de R$ 8 bilhões, segundo o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), Eduardo Azevedo. "Em princípio não temos esse recurso. Está sendo avaliado se é essencial", afirmou, após participar do seminário "Brasil Solar Power 2016".
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Segundo o secretário, a liberação do dinheiro só vai acontecer se o governo entender que não há outra alternativa para tirar a Eletrobras da crise, disse ele. "A melhor alternativa vai sair", complementou.
Por enquanto, está confirmado apenas que a empresa vai se desfazer de ativos, mas a receita que espera gerar com o desinvestimento ainda não está definida. De acordo com o secretário do MME, caberá ao novo presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, definir a estratégia da empresa e as áreas nas quais vai concentrar os seus negócios. Apenas depois dessa definição, será decidido o foco do desinvestimento.
"Eventualmente, algum (ativo) pode ser abandonado, algum comprado, outro vendido", disse Azevedo. Segundo o secretário, a Eletrobras poderia até mesmo aumentar participação acionária em alguns negócios se considerar estratégico. Mas as negociações não envolveriam dinheiro, apenas troca de ações. "Todas as oportunidades devem ser avaliadas", afirmou.