A Petrobras colocou à venda um conjunto de campos de águas rasas de produção de petróleo e gás no Nordeste. São 9 campos, 5 em Sergipe e 4 no Ceará. A cessão dos direitos de exploração, desenvolvimento e produção nas áreas será feita por meio de processo competitivo.
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Nesta segunda (4), o presidente da estatal, Pedro Parente, reuniu-se com os governadores do Ceará, Camilo Santana, e de Sergipe, Jackson Barreto, para falar sobre a decisão da empresa.
A venda dos ativos faz parte do plano de desinvestimento da petrolífera, cujo valor foi calculado em US$ 15,1 bilhões para o biênio 2015-2016. No ano passado, a Petrobras atingiu US$ 700 milhões desse total. Em nota, a empresa disse que não divulgará estimativa de valor antes da conclusão da operação de venda.
Os campos foram agrupados em polos de produção, com instalações integradas. Fazem parte do polo do Ceará os campos de Curimã, Espada, Atum e Xaréu. Em Sergipe, o polo de produção é formado pelos campos de Caioba, Camorim, Dourado, Tatuí e Guaricema, que foi o primeiro local onde foi encontrado petróleo no mar brasileiro, em 1968 (a 80 metros de profundidade).
REFINARIAS
A decisão de vender os campos de águas rasas se soma a outros dois projetos da Petrobras cancelados no Nordeste. Os projetos de implantação das refinarias Premium I, no Maranhão, e II, no Ceará, foram encerrados em janeiro de 2015 pela empresa, que alegou falta de atratividade econômica devido às taxas de crescimento dos mercados interno e externo de derivados e também à ausência de parceiro para a implantação das novas estruturas.