O número de estudantes inadimplentes em instituições de ensino superior privadas do país atingiu 8,8% em 2015. De acordo com o Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp), a alta de 2014 para 2015 "pode ser explicada em função da crise macroeconômica e política que o país enfrenta e pelo corte do Financiamento Estudantil (Fies) a partir de 2015, com queda acentuada no número de contratos novos, reduzindo ingressantes e aumentando a evasão.”
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Divulgados nesta terça (12), os dados fazem parte da 10ª Pesquisa de Inadimplência do Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp) e indicam que, em 2014, o índice registrado foi de 7,8%. O levantamento considera como inadimplente o estudante com mensalidade atrasada há mais de 90 dias.
Segundo a pesquisa, o índice é o maior desde 2010, quando a inadimplência do setor alcançou 9,6%. A taxa de curto prazo, de até 30 dias de atraso, também sofreu acréscimo, passando de 13,2% em 2014 para 14,8% em 2015. A taxa de médio prazo, de até 90 dias, também subiu de 10% em 2014 para 11,1% em 2015.
Os resultados mostram ainda que o índice de inadimplência no setor, de 8,8%, é superior ao índice geral registrado – que considera todos os setores no país, de 6,2% em 2015.
Apesar do resultado de 2015, o Semesp tem a expectativa de que em 2016 a inadimplência no setor pare de crescer e se estabilize. “A expectativa de estabilidade para este ano é um boa noticia para o setor, que reflete o aumento da confiança dos mercados na recuperação da economia do país”, destacou a nota.
As projeções do sindicato foram realizadas com base em indicadores de atividade econômica, número de contratos do Fies e entrevistas com mantenedores de Instituições de Ensino Superior (IES).