Ensino Superior

Crise e corte do Fies aumentaram inadimplência no ensino superior em 2015

Divulgados nesta terça (12), os dados fazem parte da 10ª Pesquisa de Inadimplência do Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior

ABr
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Publicado em 12/07/2016 às 17:03
Foto: Hélia Scheppa / Acervo JC Imagem
Divulgados nesta terça (12), os dados fazem parte da 10ª Pesquisa de Inadimplência do Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior - FOTO: Foto: Hélia Scheppa / Acervo JC Imagem
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O número de estudantes inadimplentes em instituições de ensino superior privadas do país atingiu 8,8% em 2015. De acordo com o Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp), a alta de 2014 para 2015 "pode ser explicada em função da crise macroeconômica e política que o país enfrenta e pelo corte do Financiamento Estudantil (Fies) a partir de 2015, com queda acentuada no número de contratos novos, reduzindo ingressantes e aumentando a evasão.”

Divulgados nesta terça (12), os dados fazem parte da 10ª Pesquisa de Inadimplência do Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp) e indicam que, em 2014, o índice registrado foi de 7,8%. O levantamento considera como inadimplente o estudante com mensalidade atrasada há mais de 90 dias.

Segundo a pesquisa, o índice é o maior desde 2010, quando a inadimplência do setor alcançou 9,6%. A taxa de curto prazo, de até 30 dias de atraso, também sofreu acréscimo, passando de 13,2% em 2014 para 14,8% em 2015. A taxa de médio prazo, de até 90 dias, também subiu de 10% em 2014 para 11,1% em 2015.

Os resultados mostram ainda que o índice de inadimplência no setor, de 8,8%, é superior ao índice geral registrado – que considera todos os setores no país, de 6,2% em 2015.

Apesar do resultado de 2015, o Semesp tem a expectativa de que em 2016 a inadimplência no setor pare de crescer e se estabilize. “A expectativa de estabilidade para este ano é um boa noticia para o setor, que reflete o aumento da confiança dos mercados na recuperação da economia do país”, destacou a nota.

As projeções do sindicato foram realizadas com base em indicadores de atividade econômica, número de contratos do Fies e entrevistas com mantenedores de Instituições de Ensino Superior (IES).

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