O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro recuou 0,41% em maio em relação a abril, a pior queda mensal desde setembro de 2015, segundo os dados do Monitor do PIB, divulgados nesta quinta-feira (14), pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
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Na comparação com o mesmo período de 2015, a taxa mensal de maio encolheu 4,0%, mantendo-se estagnada há dois meses nesse patamar, apontou a FGV. Das 12 atividades que compõem o PIB, apenas agropecuária (+1,7%), eletricidade (+5,0%) e serviços imobiliários (+0,03%) não apresentam taxas mensais negativas contra igual mês do ano anterior. Os piores resultados foram da indústria de transformação (-6,4%), comércio (-7,7%) e transportes (-10,5%).
O trimestre móvel encerrado em maio recuou 4,5% ante o mesmo trimestre do ano anterior. A indústria apresentou variação menos negativa em relação a meses anteriores: -5,2%. Os serviços voltaram a cair mais em maio (-3,5%) do que em abril (-3,1%).
"Em contrapartida, na comparação do trimestre móvel findo em maio com o trimestre imediatamente anterior a retração foi de 0,46%, taxa esta que apresenta variação menos negativa pela quinta vez consecutiva. Estes resultados podem estar apontando para uma possível melhora, ainda lenta, da atividade econômica", avaliou, em nota, Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV.
A taxa do PIB acumulada em 12 meses até maio registrou pequena melhora, com queda de 4,7%, após 27 meses de pioras consecutivas Em abril, o PIB acumulava queda de 4,8% em 12 meses.