O presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco), Claudio Damasceno, informou que entre 80% e 90% dos auditores fiscais participaram do movimento grevista que teve início na manhã desta quinta-feira (14) com a realização de operação padrão e protestos em todo o País.
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De São Paulo, onde acompanha a paralisação, Damasceno afirmou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, por telefone, que o movimento poderá trazer problemas para a Olimpíada, se não houver o cumprimento do acordo de reajuste salarial e adoção de um bônus de eficiência aos auditores, a partir de agosto. A tendência, disse ele, é de acirramento do movimento com mais dias de paralisação.
"Não é intenção dos auditores afetar as Olimpíadas. Mas, se não houver solução, os jogos poderão ter problemas", disse Damasceno O dirigente do Sindifisco lembrou que o acordo foi assinado em março, mas até agora o projeto não foi enviado ao Congresso Nacional, enquanto outras categorias foram beneficiadas. Segundo ele, o movimento de hoje foi muito forte, principalmente nos aeroportos de Campinas (SP), Manaus (AM) e Guarulhos (São Paulo), além das aduanas em Foz do Iguaçu, Uruguaiana e Porto de Paranaguá.
A operação padrão ocorrerá o dia inteiro nos portos, aeroportos e postos de fronteiras. A operação, por enquanto, ocorrerá às terças e quintas-feiras, e abrangerá cargas e bagagens. A exceção é somente para medicamentos e equipamentos hospitalares, insumos laboratoriais e perecíveis.
Segundo o Sindifisco, o pente-fino no desembarque de bagagem nos aeroportos está previsto somente para hoje. Porém, há a possibilidade de que seja adotado permanentemente. Já nas demais repartições da Receita Federal não haverá análise de processos e ações externas.
Às segundas, quartas e sextas, os auditores estarão em "operação meta zero", que é o represamento de créditos resultantes das fiscalizações.