PROJEÇÕES

Focus: previsão para inflação de 2017 cai para 5,20%, 4ª queda consecutiva

Para o IPCA deste ano, as estimativas ficaram congeladas em 7,21% de uma semana para outra

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Publicado em 01/08/2016 às 12:02
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Para o IPCA deste ano, as estimativas ficaram congeladas em 7,21% de uma semana para outra - FOTO: Foto: USP Imagens
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As projeções do mercado financeiro para a inflação do ano que vem caíram pela quarta semana consecutiva no Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 1º, pelo Banco Central (BC). De acordo com o documento, a mediana para 2017 saiu de 5,29% para 5,20%. Há um mês estava em 5,43%. Para o IPCA deste ano, as estimativas ficaram congeladas em 7,21% de uma semana para outra - a taxa estava em 7,27% quatro semanas atrás.

A meta de inflação deste e do próximo ano é de 4,50%, com tolerância de 2 pontos porcentuais em 2016 e de 1,5 ponto porcentual em 2017. O mesmo limite de 1,5 ponto foi determinado para 2018.

No comunicado do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) e na ata da reunião, divulgada na semana passada, o BC informou que, pelo cenário de referência, que pressupõe a Selic (a taxa básica de juros) inalterada em 14,25% ao ano e um dólar a R$ 3,25, as projeções apontam para uma inflação em torno da meta de 4,5% já em 2017. No cenário de mercado, que utiliza as trajetórias para os juros e o câmbio apuradas na pesquisa Focus, a inflação projetada para 2017 está em torno de 5,3%.

Para 2016, a ata do Copom indicou que as projeções, tanto no cenário de referência quanto no de mercado, apontam para uma inflação em torno de 6,75%.

Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do índice no médio prazo, denominadas Top 5, as medianas das projeções para este ano passaram de 7,20% para 7,16%. Para 2017, apresentaram recuo considerável, de 5,29% para 4,97%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de, respectivamente, 7,18% e 5,30%.

Já a inflação suavizada 12 meses à frente voltou a ceder, passando de 5,63% para 5,55% de uma semana para outra - há um mês, estava em 5,90%. Estas reduções para prazos mais longos ocorrem apesar de as estimativas para os índices mensais dos próximos meses ainda estarem resilientes: as de julho passaram de 0,40% para 0,41% (quatro semanas antes estavam em 0,38%). Para agosto, seguiram em 0,30%, sendo que um mês antes estavam em 0,31%.

Preços administrados

O Relatório Focus voltou a mostrar mudanças nas projeções para os preços administrados, tanto em 2016 quanto em 2017. A mediana das previsões do mercado financeiro para este indicador este ano passaram de alta de 6,38% para avanço de 6,25%. No próximo ano, as projeções também são mais animadoras e a mediana passou de alta de 5,50% para elevação de 5,42% - foi a primeira alteração na mediana do próximo ano após 11 semanas de estabilidade. Há um mês, o mercado projetava aumento de 6,94% para os preços administrados em 2016 e elevação de 5,50% para 2017. 

O BC conta com forte desinflação desse segmento para levar o IPCA para o intervalo de 4,5% a 6,5% em 2016. Nos últimos tempos, o dólar mais baixo também tem mostrado que pode colaborar com o movimento.

Em comunicações recentes, o BC enfatizou que a retração econômica pode ajudar neste processo de desinflação. Por outro lado, enfatizou que a inflação corrente e as expectativas, ambas elevadas, seguram este processo. 

Na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na semana passada, a instituição projetou uma variação de 6,6% para os preços administrados em 2016 e de 5,3% para 2017. 

Outros índices

O relatório trouxe projeções mais favoráveis para os Índices Gerais de Preços (IGPs) deste ano. Estes indicadores são bastante afetados pelo desempenho do dólar, mas também pelos produtos no atacado, em especial os agrícolas.

No caso do IGP-DI de 2016, a mediana das estimativas dos analistas recuou de 8,62% na semana passada para 8,48% agora. Um mês atrás, a mediana das projeções para o IGP-DI deste ano estava em 8,61%. Para o ano que vem, a mediana das previsões permaneceu em 5,55%. Quatro levantamentos atrás, essa previsão para 2017 estava em 5,56%.

No caso do IGP-M, referência para o reajuste dos contratos de aluguel, a mediana das estimativas para este ano caiu de 9,04% para 8,62% esta semana. Quatro levantamentos antes estava em 9,32%. Para 2017, as previsões mostraram leve alta, de 5,69% para 5,70% - um mês atrás estava em 5,62%.

A mediana das previsões para o IPC-Fipe de 2016 também cedeu de uma edição da Focus para a outra, de 7,53% para 7,49%. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 7,30%. Já para 2017, as expectativas para a inflação de São Paulo passaram de 5,31% para 5,30, ante 5,50% de um mês atrás.

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