A arrecadação continuou em marcha lenta em julho. De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (19) pela Receita Federal, recolhimento de impostos e contribuições federais somou R$ 107,416 bilhões no mês passado, uma queda real (inflação) de 5,80% na comparação com o mesmo mês de 2015.
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Em relação a junho, houve um aumento de 8,90% na arrecadação. O mês passado registrou o pior desempenho para meses de julho desde 2010.
A arrecadação veio dentro do intervalo de 13 expectativas vai de R$ 102 bilhões a R$ 109,300 bilhões, com mediana de R$ 106 bilhões feito pelo Projeções Broadcast.
Nos primeiros sete meses do ano, a arrecadação federal somou R$ 724,673 bilhões, um recuo de 7,11% na comparação com o mesmo período do ano passado. O valor também é o menor para o período desde 2010.
Desonerações
As desonerações tributárias concedidas pelo governo federal resultaram em uma renúncia fiscal de R$ 52,842 bilhões de janeiro a julho deste ano, valor 16,88% inferior ao mesmo período do ano passado, quando essa conta foi de R$ 63,571 bilhões. A comparação já considera a variação da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
De acordo com dados da Receita Federal, as desonerações concedidas pelo governo em julho totalizaram R$ 7,567 bilhões, um valor 9,35% menor do que no mesmo mês de 2015 (R$ 8,347 bilhões).
A desoneração da folha de pagamento custou R$ 1,211 bilhão em julho e R$ 8,476 bilhões nos sete primeiros meses do ano. A redução das desonerações é uma das apostas da equipe econômica para diminuir as despesas e não aumentar tributos.
O governo federal arrecadou ainda R$ 951 milhões com o Refis no mês passado, programa de parcelamento concedido através da lei 12.996 de 2014. A arrecadação com o programa entre janeiro e julho deste ano foi de R$ 4,382 bilhões.