A indústria da construção continua operando abaixo do usual, mas o ritmo de queda da atividade do setor vem desacelerando desde janeiro. É o que mostra a Sondagem Indústria da Construção de julho, divulgada nesta segunda-feira (22) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
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No mês passado, o índice de evolução do nível de atividade ficou em 42,3 pontos, após ter registrado 41,2 pontos em junho e 40,1 pontos em maio. Já o índice do número de empregados alcançou 39,7 pontos no mês passado, com alta de 1,6 ponto na passagem de junho para julho.
"O indicador de nível de atividade mantém tendência de alta desde janeiro", aponta a pesquisa. Mesmo com o aumento em julho, os indicadores permanecem abaixo dos 50 pontos, o que representa queda no nível de atividade e do número de empregados do setor, observa o estudo. Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem. Resultados abaixo de 50 indicam retração.
De acordo com a sondagem, a utilização de capacidade de operação do setor aumentou de 56% em junho para 57% em julho. "Isso significa que 43% das máquinas e equipamentos do setor estão paradas", destaca a CNI.
Confiança
Quanto à confiança dos empresários, a sondagem da CNI revela menos pessimismo no setor. Todos os indicadores de expectativas para os próximos seis meses apresentaram alta, uma tendência observada desde abril, segundo o estudo. "Os indicadores de expectativas sugerem um cenário menos adverso para os próximos meses", diz o levantamento.
O índice de expectativa de nível de atividade subiu de 44,6 pontos para 46,1 pontos, o de novos empreendimentos e serviços subiu para de 41,4 para 44,8 pontos, o de número de empregados aumentou de 42 para 43,5 pontos e o de compra de matérias-primas passou de 42,7 para 44,3 pontos.
Mesmo apresentando melhora na confiança, a disposição dos empresários para investir ainda é muito baixa. O índice de intenção de investimento do setor está em 26,8 pontos, apenas.
A edição de julho da Sondagem Indústria da Construção foi realizada entre os dias 1º e 11 de agosto com 618 empresas, das quais 192 pequenas, 284 médias e 142 de grande porte.