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Bovespa acompanha otimismo em NY e fecha em alta de 1,55%

Apesar da movimentação no Senado ao redor do impeachment, cenário político foi secundário e pouco influenciou nos negócios da Bovespa

Estadão Conteúdo
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Publicado em 29/08/2016 às 18:09
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Apesar da movimentação no Senado ao redor do impeachment, cenário político foi secundário e pouco influenciou nos negócios da Bovespa - FOTO: Foto: Reprodução/Internet
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A Bovespa acompanhou o otimismo do cenário internacional e fechou em alta de 1,55% nesta segunda-feira (29) aos 58.610,39 pontos. Os investidores não perderam de vista a intensa movimentação em torno do julgamento do impeachment de Dilma Rousseff no Senado, mas o otimismo com os sinais de fortalecimento da economia americana sustentaram as bolsas locais e acabaram por influenciar diretamente os negócios por aqui.

As bolsas americanas dedicaram o início da semana a uma recuperação de perdas recentes, amparadas por dados positivos divulgados pela manhã. Os gastos com consumo avançaram 0,3% em julho ante junho e a renda pessoal teve alta de 0,4% na mesma comparação. 

Os dois indicadores ficaram dentro da previsão dos analistas, mas foram bem recebidos. O índice de produção manufatureira medido pelo Federal Reserve de Dallas, por sua vez, subiu a 4,5 em agosto, de 0,4 em julho.

Segundo Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença Corretora, os grupos de ações que mais subiram no Brasil coincidem com as maiores altas nos EUA. Isso porque, explica, o mercado acompanha a correlação entre papéis.

Assim, as ações do setor financeiro dos EUA, que avançaram diante dos sinais de aquecimento econômico e possibilidade de alta de juros no país, acabaram por favorecer também os papéis de bancos no Brasil. "As altas mais significativas aqui foram de ações que acompanharam seus pares no exterior", disse.

O mesmo aconteceu com Vale e Petrobras, que também se destacaram no pregão desta segunda. No caso dos papéis da Petrobras, a alta se sustentou mesmo diante da queda expressiva dos preços do petróleo.

O cenário político foi secundário e pouco influenciou os negócios, segundo a maioria dos analistas. Alguns, no entanto, citaram como positivo o fato de a defesa de Dilma Rousseff não ter trazido novidades que gerassem qualquer ruído ou temor de mudança de rumos no processo de afastamento. 

Entre as ações do setor financeiro, as maiores valorizações ficaram com Banco do Brasil ON (+4,02%), Bradesco ON (+2,68%), Santander Brasil unit (+2,26%) e Itaú Unibanco PN (+1,76%). Petrobras ON e PN terminaram o dia com ganhos de 1,54% e 2,55%, respectivamente. Já Vale ON e PNA subiram 2,20% e 2,39%. 

Na contramão do mercado, lideraram as baixas do dia os papéis de Usiminas PNA (-4,19%), Multiplan ON (-1,39%) e Pão de Açúcar PN (-0,69%). O volume de negócios na bolsa brasileira totalizou R$ 5,31 bilhões, abaixo da média diária de agosto, de R$ 7,445 bilhões.

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