Com a atividade econômica e o pagamento de tributos em queda, o governo central registrou em julho um resultado deficitário de R$ 18,551 bilhões, o pior desempenho para meses de julho da série histórica, que teve início em 1997. O resultado reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central.
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Com isso, o resultado primário nos primeiros sete meses do ano foi deficitário em R$ 51,073 bilhões, também o pior desempenho desde o início da série. No mesmo período do ano passado, o primário acumulava déficit de R$ 8,903 bilhões.
Em 12 meses até julho, o governo central apresenta déficit de R$ 163,34 bilhões, o equivalente a 2,59% do Produto Interno Bruto (PIB). O rombo fiscal deve seguir expandindo até o fim de 2016, já que a meta do governo central para este ano admite um déficit de até R$ 170,5 bilhões.
Receitas
O resultado de julho representa uma queda real de 5,7% nas receitas em relação a julho do ano passado. Já as despesas tiveram alta real de 3,2%. No acumulado do ano até julho, as receitas do governo central recuaram 6,0% e as despesas aumentaram 0,8%.
O resultado de julho ficou dentro das expectativas do mercado financeiro, segundo o Projeções Broadcast. O levantamento feito com 31 instituições do mercado apontava uma mediana deficitária em R$ 20,000 bilhões. As expectativas da pesquisa apontavam para um resultado negativo entre R$ 6,987 bilhões a R$ 25,000 bilhões.
Ao contrário do usual e em meio a uma greve dos servidores do órgão, o Tesouro Nacional não apresentou o documento oficial do resultado do Governo Central, mas apenas uma apresentação de slides com os principais dados foi entregue aos jornalistas.
Dados mais completos sobre investimentos e outras despesas, por exemplo, não foram divulgados. A secretária do Tesouro, Ana Paula Vescovi, dará entrevista coletiva às 16h para comentar os números.