Um forte movimento de aversão a ativos de risco no mercado internacional não poupou a Bovespa, que caiu 3,01% nesta terça-feira (13) voltando ao patamar dos 56.820,77 pontos. Na essência do movimento mundial estiveram as preocupações dos investidores com a fraqueza das economias na Ásia, Europa e Estados Unidos. Apesar da queda agressiva, profissionais ouvidos pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, afirmam que o movimento pode ser atribuído a uma correção, dado que o Ibovespa ainda contabiliza ganhos de 31,08% em 2016.
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O nervosismo dos mercados teve início com a notícia de que a Agência Internacional de Energia (AIE) cortou previsões de demanda global por petróleo neste ano e no próximo. Para justificar sua previsão, a entidade destacou a desaceleração na demanda vinda da Ásia, sobretudo de China e Índia. A análise da agência não apenas derrubou os preços do petróleo e outras commodities, como também alimentou o pessimismo no que diz respeito ao fraco crescimento da economia mundial. No Brasil, as ações da Petrobras tiveram quedas de 7,61% (ON) e de 6,74% (PN). As da Vale, suscetíveis à variação negativa das commodities metálicas, caíram 6,98% (ON) e 6,94% (PNA).
Mas entre as 58 ações que compõem o Ibovespa, as maiores quedas ficaram com as ações do setor de siderurgia - importantes termômetros da expectativa em relação ao crescimento econômico.
Lideraram as perdas do índice os papéis de Gerdau Siderúrgica PN (-8,76%), Gerdau Metalúrgica PN (-8,43%), Usiminas PNA (-7,71%) e CSN ON (-7,39%).
Hoje o governo anunciou um programa com medidas elaboradas pelo Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Nesta primeira fase, serão 25 projetos em concessão, que incluem quatro aeroportos e seis distribuidoras de energia, além de rodovias, ferrovias e terminais. O anúncio não chegou a influenciar a bolsa, apesar de uma certa cautela nos negócios com ações de infraestrutura. CCR S/A ON teve queda de 5,23% e EcoRodovias ON recuou 3,41%.
Na mínima do dia, registrada à tarde, o Ibovespa atingiu 56.459 pontos, com baixa de 3,63%. Segundo profissionais do mercado, a aceleração foi causada por movimentos de "stop loss" (interrupção de perdas) por parte de investidores vencidos pela magnitude das quedas.