Bolsa

Ibovespa sobe 1,14% com expectativa de aumento de juros suave nos EUA

Bovespa vinha de pregão instável, oscilando de acordo com as influências externas, como os preços do petróleo e a cautela do Fed

Estadão Conteúdo
Cadastrado por
Estadão Conteúdo
Publicado em 21/09/2016 às 20:16
Foto: Reprodução/Internet
Bovespa vinha de pregão instável, oscilando de acordo com as influências externas, como os preços do petróleo e a cautela do Fed - FOTO: Foto: Reprodução/Internet
Leitura:

A esperada decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA)trouxe forte movimentação à Bovespa, que enfrentou instabilidade ao longo de toda esta quarta-feira (21) mas acabou por acompanhar o desempenho positivo das bolsas americanas. O Índice Bovespa fechou em alta de 1,14%, aos 58 393,92 pontos, refletindo a percepção majoritária de que o Fed adotará uma postura de gradualismo quando reiniciar os aumentos de juros nos Estados Unidos.

 

A manutenção dos juros básicos da economia americana já era esperada, o que por si só já teve impacto inicial positivo nas bolsas de Nova York. Mas a redução das previsões para o PIB e para a inflação deste ano foi interpretada como indicadores de cautela, descartando as chances de um aperto monetário mais agressivo. Com isso, as apostas do mercado de aumento nos juros dos EUA em dezembro recuaram fortemente após o desfecho da reunião do Fed, de 61,5% para 55,3%. 

A Bovespa vinha de um pregão instável, oscilando ao sabor de influências essencialmente externas, como os preços do petróleo, a cautela pelo Fed e a decisão de política monetária do Banco do Japão (BoJ), que foi bem recebida. O período de maior instabilidade, no entanto, foi registrado à tarde, quando o Ibovespa foi da mínima de 57.326 pontos (-0,71%) à máxima de 58 575 pontos (+1,45%).

Antes do anúncio da decisão do Fed, o Ibovespa orbitava em torno da estabilidade. A alta se consolidou ao longo do discurso de Yellen, conforme as bolsas americanas passaram a renovar sucessivas máximas. O menor temor dos efeitos negativos de um aperto monetário nos EUA, as ações que mais se destacaram foram as de empresas ligadas a commodities. Foi o caso das ações da Petrobras, que acompanharam a alta do petróleo e o apetite por risco dos investidores. Ao final dos negócios, Petro ON e PN subiram 1,93% e 1,19%, respectivamente. 

As ações da Vale, ganharam ainda mais força, uma vez que já operavam em alta refletindo a intensificação dos rumores sobre a possibilidade de venda de sua unidade de fertilizantes e a elevação de recomendação pelo Barclays. Vale ON teve alta de 5,69% e Vale PNA, de 6,34%. Com o dólar em forte queda, as ações de empresas exportadoras foram penalizadas. Entre os papéis da carteira do Ibovespa, as maiores quedas foram de Suzano PNA (-3,62%) e Fibria ON (-3,32%).

Últimas notícias