O dólar avançou aos R$ 3,24 no mercado à vista nesta sexta-feira, (23) após manhã de instabilidade quando testou o nível de R$ 3,20. O avanço da divisa norte-americana se apoiou, inicialmente, no posicionamento mais "hawkish" de um dirigente do Federal Reserve e se consolidou com a acentuada queda do petróleo, o que também gerou pressão contrária às moedas de mercados emergentes e ligadas a commodities. De acordo com profissionais ouvidos pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o movimento por aqui contou ainda com a zeragem de posições vendidas, em meio a dúvidas sobre o espaço adicional de queda no dólar.
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No segmento à vista, o dólar subiu pelo segundo dia consecutivo e fechou cotado aos R$ 3,2423 (+0,46%). Apesar da sequência de avanços e do ganho na segunda-feira, a divisa norte-americana acumulou queda de 0,76% na semana, influenciada principalmente pela baixa trazida pela manutenção de juros do Federal Reserve na quarta-feira. Na mínima do dia, a moeda chegou aos R$ 3,2030 (-0,76%). De acordo com dados registrados na clearing da BM&F Bovespa, o volume de negócios somou US$ 934,198 milhões.
No mercado futuro, o contrato de dólar para outubro encerrou aos R$ 3,2500 (+0,70%). A máxima intraday era de R$ 3,2570 (+0,91%), enquanto a mínima tocou R$ 3,2080 (-0,60%). O giro no futuro chegava a US$ 13,041 bilhões.
As máximas da sessão, registradas à tarde, foram decorrentes das perdas de mais de 3% dos contratos futuros de petróleo. Nos maiores patamares do dia, a divisa negociada à vista no balcão chegou aos R$ 3,2471 (+0,61%). A principal preocupação no mercado de commodities é que a reunião de integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) na próxima semana acabe sem acordos sobre limites na oferta. Essa tensão aumentou ao longo do dia por causa de notícias sobre divergências dentro do cartel de 14 nações.
Ainda no exterior, o presidente da distrital do Federal Reserve em Boston, Eric Rosengren, voltou a trazer estresse no mercado de câmbio, apesar do alívio com a decisão do Federal Reserve há dois dias e a leitura deixada na ocasião de que o aperto será gradual nos Estados Unidos. Rosengren disse que não elevar os juros básicos agora coloca a expansão da economia norte-americana em risco, ao gerar "desequilíbrios significativos" que podem levar a uma recessão.