O dólar encostou nos R$ 3,26 e encerrou nesta terça-feira (4) no maior nível desde 20 de setembro no mercado à vista. O movimento encontrou sustentação na perspectiva de que o aumento de juros nos Estados Unidos está próximo, após posicionamento mais "hawkish" de um dirigente do Federal Reserve (Fed) e indicadores positivos da economia norte-americana.
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No mercado à vista, o dólar fechou em alta de 1,65%, aos R$ 3,2553, não muito distante da máxima de R$ 3,2599 (+1,79%). Já na mínima, a divisa tocou R$ 3,2071 (+0,14%). Este foi o maior nível de encerramento desde 20 de setembro, quando terminou em R$ 3,2631. De acordo com dados registrados na clearing da BM&F Bovespa, o volume de negócios somou US$ 1,655 bilhão.
Especialistas ouvidos pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, explicaram que alguma correção no dólar já era esperada para esta terça-feira, após a divisa norte-americana recuar ontem aos R$ 3,20 no mercado à vista. Esse nível atraiu zeragem de posições vendidas e atuação de importadores no câmbio.
No segmento futuro, o contrato de dólar para novembro avançou 1,47%, aos R$ 3,2850, com giro de US$ 16,823 bilhões.
A alta do dólar no exterior foi justificada por recentes comentários de dirigentes do Federal Reserve e indicadores econômicos norte-americanos. O presidente da unidade de Richmond, Jeffrey Lacker, afirmou que o aperto monetário preventivo pode manter as pressões inflacionárias sob controle. Nesse contexto, Lacker avaliou que há um "argumento forte" para elevar a taxa de juros acima do nível atual.
Entre os dados do dia, o índice de condições empresariais de Nova York avançou a 49,6 em setembro, de 47,5 em agosto, informou a divisão na cidade do Instituto para Gestão de Oferta (ISM).