O dólar avançou na primeira sessão de novembro aos níveis do início de outubro, num movimento de correção doméstica, alimentada pela cautela com o exterior. De acordo com especialistas consultados pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o dia foi de ajustes no câmbio após a queda acumulada de 1,85% no mês passado, quando o dólar chegou a tocar R$ 3,10 sob influência da Lei de Repatriação. Com o fim do processo de regularização de ativos mantidos no exterior na segunda-feira (31) o mercado local concentrou-se nesta terça-feira (1) nas novidades da disputa presidencial nos Estados Unidos e buscou proteção antes da decisão de política monetária do Federal Reserve amanhã.
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A divisa norte-americana encerrou em alta de 1,54%, aos R$ 3,2397 no mercado à vista, maior patamar desde os R$ 3,2553 de 4 de outubro. De acordo com dados registrados na clearing da BM&F Bovespa, o volume de negócios somou US$ 941,191 milhões. No segmento futuro, o dólar para dezembro encerrou em alta de 1,48%, aos R$ 3,2635, com volume de negócios de US$ 18,455 bilhões.
A principal surpresa do exterior veio logo de manhã. Pela primeira vez desde maio, o candidato republicado, Donald Trump, assumiu o topo de uma importante pesquisa de intenção de votos na disputa para a presidência norte-americana, deixando a democrata Hillary Clinton a um ponto porcentual de distância. De acordo com sondagem da ABC News e Washington Post, o apoio de 46% a Trump indica um empate técnico com os 45% de Hillary, por causa da margem de erro da pesquisa. No entanto, especialistas apontaram os resultados mostram que a nova investigação do FBI sobre e-mails da democrata, quando ainda era sdecretária de Estado, já começa a afetar a disputa eleitoral.
A cautela também foi estimulada pelo anúncio do Federal Reserve amanhã, quando o mercado brasileiro estará fechado em razão do feriado de Finados. A expectativa entre participantes do mercado e especialistas é que o banco central norte-americano mantenha os juros inalterados, no intervalo entre 0,25% e 0,50%. No entanto, a instituição deve dar novos sinais para um aperto monetário em dezembro.