Depois de uma queda acumulada de 6,7% nos últimos quatro meses, as horas trabalhadas na produção aumentaram 1% em setembro frente a agosto, informou nesta terça-feira (1º) a Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com o relatório Indicadores Industriais, o faturamento ficou estável e o nível de utilização da capacidade instalada no setor recuou 0,3%.
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Com a queda de setembro, a utilização da capacidade instalada da indústria ficou em 76,9% na série dessazonalizada (livre de influências sazonais), muito próxima do menor nível da série, que foi de 76,8% em julho. "Os indicadores industriais de setembro trazem resultados um pouco mais animadores, embora muito aquém do necessário para reverter os números negativos dos últimos meses", destaca a CNI. O faturamento, por exemplo, registra uma queda de 15,5% em relação a setembro de 2015.
Mercado de trabalho
De acordo com a pesquisa, o emprego caiu 0,9% em setembro na comparação com agosto na série com ajuste sazonal. Foi o 20º mês consecutivo de retração no emprego. Na comparação com setembro do ano passado, o indicador registra uma queda de 6,5%. A massa real de salários aumentou 0,9% em setembro frente a agosto, na série que desconta os efeitos sazonais. Na comparação com setembro do ano passado, o indicador registra queda da 4,7%.
Apesar disso, o rendimento médio do trabalhador cresceu 1,7% em setembro frente a agosto, na série com ajuste sazonal. Na comparação com setembro de 2015, o rendimento médio do trabalhador teve crescimento de 2%. O crescimento do rendimento médio do trabalhador e da massa de salários em tempos de redução do emprego ocorre por causa dos reajustes salariais de algumas categorias e da desaceleração da inflação, informou a CNI.