Eleições EUA

Hillary Clinton é a candidata preferida para a economia brasileira

Expectativa é de que a democrata tenha relações mais flexíveis com o Brasil

Adriana Guarda
Cadastrado por
Adriana Guarda
Publicado em 08/11/2016 às 11:00
Fotos Públicas
Expectativa é de que a democrata tenha relações mais flexíveis com o Brasil - FOTO: Fotos Públicas
Leitura:

Os eleitores norte-americanos vão às urnas hoje para decidir se a democrata Hillary Clinton ou o republicano Donald Trump assumirá a Casa Branca, após oito anos do governo de Barack Obama. No Brasil, o presidente Michel Temer torce pela vitória de Hillary acompanhado por especialistas e por agentes do mercado. A explicação é que a nós brasileiros interessa um regime que mantenha relações mais flexíveis com a maior economia do mundo, com quem negociamos o equivalente a US$ 38,4 bilhões só este ano em exportações e importações.

Ontem o mercado já demonstrava bom humor em relação a uma possível vitória da candidata democrata. O dólar fechou em queda (cotado a R$ 3,20) quando as pesquisas mostraram Hillary com 47% dos votos contra 43% de Trump. O resultado das eleições é aguardado para amanhã e o novo presidente toma posse no dia 20 de janeiro.

Apesar de ser a principal economia da América Latina e a nona do mundo, o Brasil sequer é citado nos planos de governo dos candidatos. A despeito desse desinteresse, quem será o novo governante interessa ao nosso País. Os EUA são a maior economia global e o segundo parceiro comercial brasileiro, atrás apenas da China.

PROTECIONISMO

“Existem justificativas para uma torcida por Hillary. No atual cenário político – com um presidente de centro-direita – é mais fácil uma comunicação com os Estados Unidos do que com os antecessores de esquerda (do PT). Ao mesmo tempo que é preferível negociar com os democratas norte-americanos do que com o ultraconservador Donald Trump. Se vencer, a tendência é de que ele promova um afastamento conosco porque o Brasil é concorrente dos Estados Unidos em algumas exportações agrícolas”, observa o professor de economia da Universidade Federal de Pernambuco Ecio Costa.

Mesmo com maior abertura dos democratas, a postura protecionista dos dois partidos preocupa o Brasil. O senador e ex-ministro do Desenvolvimento Armando Monteiro teme que um endurecimento possa comprometer o mercado brasileiro e países emergentes. “Essa postura de fechamento das fronteiras, de colocar obstáculos ao livre comércio é preocupante. Isso é um retrocesso na agenda pró-comércio, na medida em que o Brasil procura ampliar a rede de acordos comerciais e ganhar mais espaço no mercado americano.”

 

Últimas notícias