O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fechou o mês de setembro com lucro líquido de R$ 4,2 bilhões, passando a acumular no terceiro trimestre do ano lucro líquido de R$ 6,4 bilhões.
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Dados divulgados nesta sexta-feira (18) pelo banco indicam que o resultado possibilitou a reversão do prejuízo apurado no primeiro semestre, que chegou a R$ 2,174 bilhões. Com os últimos resultados, a instituição passou a acumular, de janeiro a setembro, um lucro líquido de R$ R$ 4,2 bilhões.
Em nota, o BNDES informa que os créditos tributários de R$ 4,5 bilhões sobre o estoque de provisão para risco de crédito do banco, que totalizaram R$ 11,6 bilhões em setembro, foram um fator decisivo para o lucro no terceiro trimestre.
Já o resultado acumulado de janeiro a setembro traz como destaque despesas com provisão para risco de crédito, que atingiram pouco mais de R$ 7 bilhões, um aumento de R$ 6,3 bilhões em relação ao mesmo período de 2015.
Na avaliação do BNDES, a carteira de crédito e repasse da instituição manteve a boa qualidade, uma vez que concentra 97,4% de suas operações classificadas entre os níveis de AA e C - considerados de baixo risco. A proporção permanece superior à registrada pelo Sistema Financeiro Nacional, de 90,5% em 30 de junho deste ano (última data disponível)”.
Por outro lado, refletindo a retração da economia brasileira, o nível de inadimplência relativo ao período de 30 dias ficou em 1,96% ao final de setembro. Acima, portanto, do índice de 0,06% registrado em 30 de dezembro do ano passado.
BNDES avalia zelo
O BNDES avalia, ainda, que “a manutenção da boa qualidade da carteira de crédito da instituição exprime o zelo do Banco pelos recursos públicos que administra e é fator essencial para garantir a principal fonte de recursos para novos projetos de investimentos e o retorno de suas operações de financiamento”.
O banco registrou outros bons resultados no período, destacando o aumento do índice de Basileia, que atingiu 19,4% - superior aos 10,5% exigidos pelo Banco Central e aos anteriores do próprio BNDES, que era de 16,1% (junho 2016) e de 14,7% (dezembro de 2015) - em virtude do crescimento do patrimônio de referência, que passou de R$ 94,9 bilhões (dezembro de 2015) para os atuais R$ 129,881 bilhões. Estes bons resultados foram influenciados “pela recuperação da carteira de participações do BNDES e pelo lucro do trimestre”, segundo nota da instituição.
Participações societárias, segundo BNDES, representou uma alta
O valor das participações societárias alcançou R$ 71,3 bilhões em setembro deste ano, segundo o BNDES, representando um crescimento de 36,2% em relação ao obtido em dezembro do ano passado. “Este resultado refletiu a valorização, de R$ 20,84 bilhões da carteira de participações em sociedades não coligadas, sobretudo das ações da Petrobras e da Eletrobras”, diz o comunicado.