FAZENDA

Ajuste na economia independe de problemas políticos, diz Meirelles

As delações só deverão ser homologadas pelo STF no mês de janeiro

Estadão Conteúdo
Cadastrado por
Estadão Conteúdo
Publicado em 19/12/2016 às 14:01
Foto: Antônio Cruz/ABr
As delações só deverão ser homologadas pelo STF no mês de janeiro - FOTO: Foto: Antônio Cruz/ABr
Leitura:

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta segunda-feira (19) que as delações dos executivos da empreiteira Odebrecht não vão impactar o ajuste da economia brasileira.

“É preciso separar as coisas: uma coisa são questões políticas ou investigações contra pessoas e outra coisa são as medidas de ajuste econômico, que vão possibilitar que o país saia da crise, disse o ministro, após participar de evento da Receita Federal na Ilha Fiscal, no Rio de Janeiro.

"Independentemente de questões judiciais e que envolvam pessoas ou problemas políticos, a agenda de ajuste econômico continua seguindo normalmente, e é nisso que temos que focar, porque a economia brasileira precisa voltar a crescer, e isso é interesse da população. Não é interesse de políticos ou de outras pessoas”, afirmou, depois ser indagado se as delações podem frear a retomada econômica.

Delações

Sobre as delações premiadas, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki disse hoje que vai trabalhar durante o recesso da Corte para analisar os 77 depoimentos de executivos da empreiteira Odebrecht que chegaram nesta manhã ao tribunal. As férias dos ministros começam hoje, e os trabalhos serão retomados na primeira semana de fevereiro.

Segundo Meirelles, o fundamental é que o Congresso já está aprovando as medidas de ajuste econômico e o Executivo está implementando e lançando novas medidas.

“A PEC que limita o crescimento dos gastos públicos foi aprovada em segundo turno no Senado, por grande maioria. As medidas de aumento da produtividade do Brasil, as chamadas medidas microeconômicas, que são fruto de um trabalho técnico, é algo que já vem sendo trabalhado há alguns meses. E foi lançado depois da aprovação da PEC. A agenda continua normalmente e isto que é importante para os agentes econômicos”, disse o ministro.

Últimas notícias