Relatório de Inflação

Há espaço para que projeções do PIB melhorem, diz diretor do BC

O diretor de Política Econômica do BC disse que a projeção de alta de 2,2% do PIB para 2018 é compatível com o cenário de recuperação gradual da economia.

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Publicado em 21/09/2017 às 14:47
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O diretor de Política Econômica do BC disse que a projeção de alta de 2,2% do PIB para 2018 é compatível com o cenário de recuperação gradual da economia. - FOTO: Foto: Divulgação / BC
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O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Viana de Carvalho, disse nesta quinta-feira, 21, que a projeção de alta de 2,2% do PIB para 2018 é compatível com o cenário de recuperação gradual da economia.

"Após a recessão e um ano de crescimento de 0,7% (2017), essa projeção de alta de 2,2% para o PIB em 2018 é positiva, e há espaço para que essa estimativa melhore", afirmou.

De acordo com o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) publicado nesta quinta pela autoridade monetária, entre as componentes do PIB para 2018, o BC projeta crescimento de 1,5% da agropecuária, expansão de 2,6% no setor industrial e alta de 1,9% para o segmento de serviços.

No lado da demanda, o BC estima que o consumo das famílias vá acumular aumento de 2,5% em 2018, enquanto o consumo do governo terá expansão de 1,0%.

O documento desta quinta indica ainda que a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) - indicador que mede o volume de investimento na economia - deverá ter expansão de 3,0% em 2018.

TLP

O diretor de Política Econômica do Banco Central afirmou que a Taxa de Longo Prazo (TLP), que passará a balizar as operações do BNDES a partir de janeiro, é importante para a condução da política monetária. "Consideramos a aprovação da TLP uma medida importante, com benefícios para a condução da política monetária", disse o diretor. "Devemos reavaliar, tentar entender, para ver como a taxa estrutural está ao longo do tempo", acrescentou, em referência à influência da TLP para a taxa estrutural.

Questionado a respeito da influência do câmbio sobre a política monetária, que poderia colocar a Selic (a taxa básica de juros) na faixa de 6%, Viana afirmou que não é possível saber o que acontecerá. "Quando o tempo passar, pode ser que o câmbio vá para cima ou para baixo. O que vai acontecer, não sabemos. O importante é enfatizar caráter condicional da política monetária Ela dependerá da evolução do balanço de riscos", concluiu.

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