Uma projeção para o setor de jatos executivos mostra um panorama "modesto" para as novas encomendas, graças a incertezas econômicas e ao ambiente político, bem como ao mercado "muito competitivo" de aeronaves usadas, afirma a Honeywell. Em projeção para o setor, a companhia prevê que sejam encomendados até 8.300 novos jatos executivos, no valor de US$ 249 bilhões, entre 2017 e 2027. O número representa uma queda de entre 2 e 3 pontos porcentuais na comparação com a projeção para o período entre 2016 e 2026.
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"O recuo nos preços das aeronaves usadas, os preços prolongadamente baixos das commodities e incertezas econômicas e políticas em muitos mercados de jatos executivos permanecem como preocupações no curto prazo para as novas compras, o que leva a um crescimento modesto em 2018", afirma no comunicado Ben Driggs, presidente da Americas Aftermarket, Honeywell Aerospace. Segundo ele, ainda assim há vários novos modelos no mercado, o que deve levar a um "crescimento sólido" nas compras no médio e no longo prazos.
Levantamento
O levantamento da Honeywell aponta para entre 620 e 640 entregas de jatos executivos em 2017, uma queda de cerca de 30 na comparação anual.
A companhia afirma que a projeção para o mais longo prazo, até 2027, aponta para um crescimento anual médio de 3 a 4 pontos porcentuais ao ano, apesar da perspectiva mais baixa no curto prazo. Devem colaborar a entrada de novos modelos e a melhora no desempenho econômico projetada.
O levantamento mostra que o Brasil continua a ser um ponto positivo, com mais compras de novos jatos, embora os planos gerais de compras, que incluem aviões maiores, tenham recuado na comparação anual. A Honeywell diz que houve recuo nos planos de compras de Brasil, Rússia, Índia e China como um grupo, graças a uma queda significativa de China e Rússia.
A América Latina, por sua vez, aparece como a única região com mais planos de compras em 2017 que no ano passado. Os planos um pouco menores no Brasil ante 2016 são compensados pelo avanço significativamente maior desses planos no México, segundo a pesquisa.