Favorecido por vendas domésticas, o faturamento da indústria nacional de máquinas e equipamentos alcançou R$ 6,79 bilhões no mês passado, 10,6% a mais do que o montante registrado em julho de 2017, informou nesta terça-feira, 28, a Abimaq, entidade que representa as empresas do setor. Na comparação com junho, houve queda de 4,1% nas vendas dessa indústria, entre entregas ao mercado doméstico e exportações.
O resultado leva para R$ 42,13 bilhões o faturamento das fábricas de bens de capital mecânicos nos sete primeiros meses do ano, o que corresponde a um crescimento de 4,7% frente a igual período de 2017.
As exportações, que somaram US$ 703 milhões no mês passado, marcaram quedas de 3,3% no comparativo interanual e de 20,3% em relação a junho. Quanto às vendas domésticas, houve alta de 11,7% na comparação com julho de 2017. Na comparação com o mês anterior, a alta das vendas internas em julho foi de 10,5%.
No mês passado, o consumo de máquinas e equipamentos no País, que inclui as importações e é um termômetro dos investimentos nas linhas de produção, subiu 25,3% se comparado ao mesmo mês de 2017. Na comparação com junho, a alta foi de 11,3%. No total, as empresas brasileiras investiram R$ 10,2 bilhões em máquinas e equipamentos em julho deste ano.
Só as importações subiram 21% na comparação com julho de 2017, chegando a US$ 1,4 bilhão. Frente a junho, as compras de máquinas importadas subiram 11,7%.
O déficit comercial desse mercado - ou seja, a diferença entre o que o Brasil compra e exporta de máquinas e equipamentos - somou US$ 694,2 milhões no mês passado, 62,5% acima do saldo negativo de um ano antes.
O balanço da Abimaq revela ainda que a utilização da capacidade instalada nessa indústria chegou a 77,3% no mês passado, acima dos 71,8% de um ano atrás.
A mão de obra no setor teve aumento de 0,9% na passagem de junho para julho. A indústria de máquinas terminou o mês passado empregando 298,6 mil pessoas.
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Acumulado de 2018
O consumo de bens de capital mecânicos no Brasil subiu 10,5% nos sete primeiros meses de 2018, chegando a R$ 57,32 bilhões, de acordo com o balanço da Abimaq. Na mesma base comparativa, as exportações avançaram 13,9%, chegando a US$ 5,48 bilhões, enquanto que as importações subiram 18%, para US$ 8,52 bilhões.
Com isso, o déficit comercial no setor ficou em US$ 3,04 bilhões entre janeiro e julho, 26,4% acima do saldo negativo de igual período do ano passado.