Os juros futuros têm sinais mistos nesta sexta-feira (14), entre os diferentes vencimentos num início de sessão marcada por uma pressão de alta com a incerteza eleitoral e alguma correção nos preços domésticos após a alta dessa quinta-feira (13). O exterior é favorável para os ativos domésticos, após o banco central da Rússia elevar a taxa básica de juros, enquanto o investidor local segue atento à cena eleitoral. Há forte expectativa com divulgação de pesquisas de intenção de voto.
Às 9h47, o DI para janeiro de 2020 marcava máxima a 8,74%, de 8,66% no ajuste de quinta. O DI para janeiro de 2021 estava em 10,05%, ante 10% no ajuste de quinta, enquanto o vencimento para janeiro de 2023 exibia 11,76%, ante 11,74% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2027 exibia 12,71% ante 12,953% no ajuste de quinta.
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Os dados da agenda econômica doméstica foram apenas monitorados pelos agentes do mercado de juros futuros. O volume de serviços prestados teve um recuo de 2,2% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços divulgados às 9 horas pelo IBGE.
O resultado ficou perto da estimativa mais pessimista do mercado financeiro captada pelo Projeções Broadcast. As previsões iam de declínio de 2,50% a aumento de 0,40% no levantamento, com mediana de -0,95%.
FVG
Mais cedo, a FGV divulgou que o Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) avançou 1,20% em setembro, após o aumento de 0,51% registrado em agosto, informou nesta sexta a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou acima do teto das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, que iam de 0,55% a 1,02%, com mediana calculada em 0,81%.
Dólar
O câmbio doméstico abriu sem uma direção clara nesta sexta-feira, 14, oscilando - ora em alta, ora em queda - perto do fechamento recorde de Quinta-feira (13) no segmento à vista. Com exterior favorável para emergentes, após a alta da taxa básica de juros mais cedo pelo BC da Rússia, a cotação do dólar ante o real passou a cair e marcou mínima intraday.
Segundo agentes dos mercados de câmbio, a depreciação do dólar indica que prepondera, nesse início de sessão, uma correção nos preços após a forte alta na quinta-feira. Nas mesas de operação, entretanto, a tensão quanto à corrida presidencial continua muito forte, o que mantém a pressão de alta.
Como afirmou o operador da H.Commcor Cleber Alessie Machado Neto em relatório matinal, há forte expectativa quanto a novas pesquisas de intenção de voto. "Investidores se debruçam nesses estudos em especial pois contemplam a conjuntura pós-atentado a Jair Bolsonaro de forma mais consolidada, bem como a oficialização de Fernando Haddad como candidato pelo PT", escreveu Machado Neto.
O dólar à vista abriu exatamente com o valor do fechamento da véspera (R$ 4,1998), a maior cotação nominal desde a criação do real em 1994. Pouco depois marcou máxima, a R$ 4,2113 (+0,27%) para depois firmar-se em queda. Na mínima, marcou R$ 4,1833 (-0,39%). Às 9h23 desta sexta, o dólar spot caía 0,26% aos R$ 4,1888. O contrato para outubro recuava 0,40% aos R$ 4,1975.
O Banco Central da Rússia decidiu nesta sexta-feira elevar a taxa básica de juros de 7,25% para 7,50%. Além disso, informou que estão suspensas as compras de moeda estrangeira no mercado local, o que deve conter a volatilidade cambial e sua influência na inflação nos próximos trimestres. O BC russo disse que avaliará a possibilidade de mais altas nos juros, levando em conta a inflação e a dinâmica econômica, bem como os riscos.