Após uma tarde na qual operou sem se firmar em uma única direção, o Ibovespa encerrou o pregão desta terça-feira, 8, em alta de 0,36%, aos 92.031,86 pontos, atingindo nova máxima histórica no fechamento.
Especialistas em renda variável atribuíram o desempenho instável do principal índice do mercado acionário brasileiro "ao modo de espera" do mercado em relação ao anúncio de ações mais concretas pelo novo governo. Tanto que, quase ao final do pregão, declarações do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, deram fôlego para o novo nível de pontuação.
Segundo o ministro, a proposta de Previdência será apresentada ao presidente Jair Bolsonaro na próxima semana e que a discussão sobre a duração da reforma será feita nesta terça-feira ainda. Lembrou ainda que o Bolsonaro chamou atenção para cumprimento de compromissos de campanha.
Durante o dia, as ordens de venda deram continuidade à realização de lucros - uma vez que os ganhos da carteira persistem acima da marca dos 4% em apenas cinco pregões. Aliado a isso, a ausência dos investidores estrangeiros deixa o fôlego curto. E houve ainda algum desconforto com notícias locais, entre elas, a promoção de Antônio Hamilton Rossell Mourão, para a assessoria especial da presidência do Banco do Brasil, muito embora seja funcionário da instituição há 18 anos. Ele é filho do vice-presidente da República, Hamilton Mourão.
As ações do BB ficaram em terreno negativo por todo o pregão e, em muitos momentos contaminaram seus pares do bloco financeiro que também sofreram influência negativa de baixas de bancos negociados em NY. Os papéis ordinários do BB encerraram o pregão em baixa de 1,13%. Também em queda fecharam as units do Santander (-0,98%). Já Itaú Unibanco e Bradesco subiram 1,27% e 0,61%, respectivamente. Fabricio Stagliano, analista de investimento, ressalta que as ações do BB chegaram a ser cotadas a R$ 49,00 e o recuo também seria um movimento normal dentro do mercado.