LISBOA - A TAP Air Portugal comemorou ontem os 74 anos de fundação da empresa com o anúncio do investimento de um milhão de euros (cerca de R$ 4,5 milhão) na promoção do seu programa de stopover para o Brasil. Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília e Rio de Janeiro são as cinco primeiras cidades no País a aderir à iniciativa, que permite ao passageiro fazer uma parada de até cinco dias em uma dessas capitais antes de seguir viagem para outro local. Isso sem pagar nada a mais pelo trecho interno, que será operado pela Azul ou Gol, com as quais a TAP tem codeshare. Na prática, significa voar para dois destinos pelo preço de um. O lançamento ocorreu em clima festivo, com direito a bolo e coquetel, durante a BTL Travel Market, que ocorre até domingo em Lisboa.
O programa deve entrar em operação no Brasil a partir do segundo semestre, após a conclusão do site em
Vários idiomas e do aplicativo específicos para o stopover brasileiro, assim como a capacitação dos operadores e o lançamento da campanha de comunicação e marketing.
Qualquer cliente da TAP não só em Portugal, como em toda a Europa, poderá se beneficiar da conexão prolongada sem custo extra, o que favorece as cidades participantes com o incremento no número de turistas. Estima-se que o programa ajude a elevar em 10% o fluxo de viajantes por ano. "O stopover contribui para o crescimento das rotas. Aqui em Portugal teve um sucesso tão grande que queremos repetir no Brasil. Nas cidades de Lisboa e Porto, somente em 2018, 150 mil passageiros voaram pelo programa", disse o presidente da companhia, Antonoaldo Neves, após assinar o acordo de parceria com os secretários de turismo dos respectivos Estados, entre eles o de Pernambuco, Rodrigo Novaes.
Aos governos locais caberá articular ações com o trade turístico para oferecer experiências que se agregam ao stopover e funcionam como diferencial para atrair os visitantes. É o caso de descontos em hotéis, tours gratuitos e brindes como jantares e garrafas de vinho, entre outros benefícios. "Recife pode se tornar a porta de entrada do turista europeu no Brasil. Estamos fazendo nosso dever de casa, conversando com o trade, que está elaborando os pacotes promocionais e deve concluí-los até maio", contou Novaes, que calcula um acréscimo de R$ 11 milhões na economia pernambucana por ano a partir de quando o programa entrar em operação. "Ganha desde quem vende tapioca aos grandes resorts e o comércio em geral. Com isso, geramos ainda emprego e renda.”
De acordo com o Diretor de Marketing da TAP para o Brasil, Francisco Guarisa, as cidades escolhidas neste primeiro momento são aquelas com as quais a TAP tem uma relação mais estreita, especialmente o Recife, a rota mais antiga, que completa 53 anos no próximo mês. "Já estamos agora em conversa com Natal e São Paulo", revelou, acrescentando que novas cidades podem ser incluídas a qualquer momento, bem como as experiências aos visitantes.
CABO VERDE
Outra companhia aérea que anunciou novidades para o mercado recifense foi a Cabo Verde Airlines, que lançará em julho a terceira frequência da empresa entre a Ilha do Sal e a capital pernambucana, também permitindo o stopover gratuito, neste caso de até sete dias para estada no arquipélago africano, antes de continuar a viagem para Lisboa e Paris, onde a companhia já opera, ou para Roma e Milão, para onde também passará a voar a partir do segundo semestre.
“Os voos sairão de Sal para o Recife às segundas, quartas e sextas e regressarão às terças, quintas e domingos. Assim, aumentamos a conectividade entre nossos destinos em quatro continentes”, destacou o CEO da companhia, Mário Chaves. Atualmente, a companhia opera sete rotas, devendo chegar a 12 ainda em 2019, incluindo Lagos, Luanda e Washington.
Para o secretário de Turismo Rodrigo Novaes, a terceira frequência trará ao Recife a oportunidade de captar turistas italianos, um dos atuais focos do trade pernambucano.
A Cabo Verde Airlines foi privatizada no último dia 1o. de março com um investimento de 1,3 milhão de euros (cerca de R$ 5,85 milhão). Com a concessão, a empresa pretende deixar para trás os problemas de atraso e cancelamentos de voos e mirar o futuro. “Todas as questões pendentes serão resolvidas até a próxima semana”, diz Chaves, pontuando que a empresa conta com três aeronaves Boeing 757 de até 192 lugares, devendo receber uma quarta até o fim do ano.