MEDIDAS

Governo pretende lançar pacote com até 50 ações para destravar e recuperar a economia

As ações envolvem desde decretos a projetos de lei que mexerão em regulamentações de setores como o imobiliário e de crédito

JC Online
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Publicado em 02/05/2019 às 14:00
Foto: Marcelo Casal Jr/ Agência Brasil
As ações envolvem desde decretos a projetos de lei que mexerão em regulamentações de setores como o imobiliário e de crédito - FOTO: Foto: Marcelo Casal Jr/ Agência Brasil
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O governo do presidente Jair Bolsonaro pretende lançar um pacote com até 50 ações para incentivar a recuperação da economia. O pacote envolve desde decretos a projetos de lei que mexerão em regulamentações de setores como o imobiliário e de crédito. Uma das medidas que será lançada é a mudança no sistema da hipoteca.

Atualmente, o proprietário do imóvel oferece a casa ou apartamento ao banco e recebe um empréstimo que deverá ser pago mensalmente. Em caso de descumprimento, o bem hipotecado pode ser tomado pelo credor. A ideia do governo é que aconteça o inverso. O banco passe a pagar ao proprietário um valor mensal por um determinado período e, após a sua morte, a instituição financeira passa a ser dona do imóvel e poderá negociá-la no mercado.

''Hoje, o imóvel só é usado pelo próprio proprietário. E esse bem poderia estar movimentando o mercado. Várias empresas comprariam pacotes de imóveis por preços mais baixos e, depois, poderiam alugar esses imóveis. Estaríamos aumentando a eficiência de alocação: um imóvel que tinha destinação só para uma pessoa morar poderia alavancar investimentos. É possível gerar negócios ali'', disse o secretário de Política Econômica, Adolfo Saschida.

Micro e pequenas empresas

Segundo informações obtidas pelo jornal O Globo com outro integrante do governo Bolsonaro, o setor de micro e pequenas empresas também está incluído no pacote de ações. Está em estudo a criação de uma forma de antecipação nos pagamentos no mercado financeiro por parte de empresas fornecedoras de órgãos públicos.

''Seria uma Bolsa de recebíveis de créditos públicos. A pequena empresa que fornece para o governo tem um título na mão, mas hoje não existe mercado para negociar esse papel. Com essa espécie de Bolsa, o pequeno passa a ter mais acesso a crédito e tem uma injeção de capital de giro'', afirmou o integrante ao jornal. Segundo ele, na forma atual, o fornecedor vende um bem ou serviço a um órgão público e é informado que o pagamento será feito a prazo, em torno de 30 a 90 dias. A ideia que esse recebível possa ser vendido no mercado financeiro.

Medida Provisória

Na última terça-feira (30), o presidente Jair Bolsonaro assinou uma medida provisória chamada de Liberdade Econômica. A MP altera legislações para reduzir burocracias nas startups e nos pequenos negócios.

Segundo o secretário de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel, a assinatura da MP significa que o governo está cumprindo a promessa de tirar o Estado do ''cangote'' das pessoas.

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