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Guedes diz que gastar R$ 445 bilhões com juro da dívida é 'um absurdo total'

O ministro questionou o fato de a administração petista ter permitido a redução do sistema bancário a cinco ou seis bancos

Estadão Conteúdo
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Publicado em 14/05/2019 às 19:00
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O ministro questionou o fato de a administração petista ter permitido a redução do sistema bancário a cinco ou seis bancos - FOTO: Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o gasto de R$ 445 bilhões com o juro da dívida é um absurdo total, mas descartou soluções caóticas como, por exemplo, um eventual calote para reduzir o número. "Não pode dar refresco. Tem de aumentar a competição entre os bancos para não ter essa concentração que houve", disse ele, durante audiência da Comissão Mista de Orçamento (CMO), nesta terça-feira (14).

Guedes questionou o fato de a administração petista, que governou o País nos últimos 16 anos, ter permitido a redução do sistema bancário a cinco ou seis bancos. "Quem é que fez isso aqui? É quem está chegando ou quem estava lá? Quem permitiu que a indústria bancária brasileira virasse cinco bancos? Quem estava no governo? Por que o spread é enorme? Por que os bancos têm uma concentração enorme?", ressaltou ele.

Comparação

Ao comentar sobre a concentração no setor bancário, o ministro da Economia comparou ainda a população brasileira a patos. "Foi aquilo que eu disse em um outro contexto: são 200 milhões de patos e cinco bancos, então, o spread é grande", disse, completando com um reforço à crítica ao monopólio da Petrobras no gás natural: "São 200 milhões de patos e uma refinadora de petróleo, uma vendedora de gás, que é a Petrobras. Só tem ela", comparou Guedes.

O ministro afirmou ainda que é preciso se "despir" de ideologia e preconceito uma vez que, assim como no setor público, há "piratas privados" associados e que definem configurações mais razoáveis para eles. "Não são nossos bancos tradicionais que são piratas. Estou me referindo a outras situações, onde bancos públicos financiaram bilionários e hoje são objeto Lava Jato", explicou.

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