O Banco Central informou na noite desta sexta-feira, 17, por meio de comunicado, que irá realizar leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) nos dias 20, 21 e 22 de maio. O total negociado será de US$ 3,75 bilhões.
O montante, conforme o BC, será para rolagem de vencimentos programados para 4 de junho. A instituição optou por dividir a rolagem em três dias, para não concentrar a operação.
Nos leilões de linha, o BC oferta dólares no mercado, o que tende a reduzir a pressão pela alta da moeda caso ela esteja sendo muito demandada por investidores. Os recursos vêm das reservas internacionais e, depois, são devolvidos. Por isso, não afetam o volume das reservas. Ao mesmo tempo, com mais dólares no mercado, a cotação tende a cair.
Em cada dia, o BC realizará dois leilões. A recompra, a ser realizada no vencimento dos contratos, ocorrerá em janeiro e abril de 2020. As operações de venda do Banco Central serão liquidadas no dia 4 de junho.
Maior cotação em oito meses
Com o ambiente político conturbado, o dólar acelerou o ritmo de alta, chegando a registrar R$ 4,1127 na máxima, em alta de 1,91% Ao fim do pregão, a moeda americana marcou R$ 4,1002, com elevação de 1,60%. Foi a maior cotação de fechamento do dólar no País desde 19 de setembro de 2018.