Já após a divulgação dos dados mais recentes de inflação, os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - o indicador oficial de preços - em 2019. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira (10) pelo Banco Central (BC), mostra que a mediana para o IPCA este ano passou de alta de 4,03% para elevação de 3,89%. Há um mês, estava em 4,04%.
A projeção para o índice em 2020 seguiu em 4,00%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo nível.
O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2021, que seguiu em 3,75%. No caso de 2022, a expectativa também permaneceu em 3,75%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,75% para ambos os casos.
A projeção dos economistas para a inflação está abaixo do centro da meta de 2019, de 4,25%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,75% a 5,75%). Para 2020, a meta é de 4%, com margem de 1,5 ponto (de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).
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As projeções mais recentes do BC, considerando o cenário de mercado, apontam para inflação de 4,1% em 2019 e 3,8% em 2020. As estimativas constaram no comunicado e na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em maio.
Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou, na sexta-feira, 7, que o IPCA de maio desacelerou a 0,13% ante 0,57% em abril. Em 12 meses, a taxa acumulada é de 4,66%.
Top 5
No Focus desta segunda-feira, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2019 foi de 4,14% para 3,91%. Para 2020, a estimativa do Top 5 foi de 4,10% para 4,00%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 4,15% e 4,00%, nesta ordem.
No caso de 2021, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 3,75%, igual ao verificado há um mês. A projeção para 2022 no Top 5 foi de 3,75% para 3,63%, ante 3,75% de quatro semanas antes.
Cinco dias úteis
A projeção mediana para o IPCA 2019 atualizada com base nos últimos cinco dias úteis passou de 3,98% para 3,85%, conforme o Relatório de Mercado Focus. Houve 65 respostas para esta projeção no período. Há um mês, o porcentual calculado estava em 4,11%.
No caso de 2020, a projeção do IPCA dos últimos cinco dias úteis permaneceu em 4,00%. Há um mês, estava no mesmo patamar. A atualização no Focus foi feita por 64 instituições.
Preços administrados
O Relatório de Mercado Focus indicou alteração na projeção para os preços administrados em 2019. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador este ano passou de alta de 5,25% para elevação de 5,20%.
Para 2020, a mediana foi de alta de 4,40% para avanço de 4,46%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 5,25% para os preços administrados em 2019 e elevação de 4,30% em 2020.
As projeções atuais do BC para os preços administrados, no cenário de mercado, indicam elevações de 5,3% em 2019 e 5,0% em 2020. Estes porcentuais foram atualizados na ata da última reunião do Copom, publicada no dia 14 de maio.
IPCA de junho
Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para a alta do IPCA em junho de 2019, de 0,24% para 0,11%, conforme o Relatório de Mercado Focus. Um mês antes, o porcentual projetado estava em 0,30%.
Para julho, a projeção no Focus foi de 0,20% para 0,21% e, para agosto, passou de 0,12% para 0,11%. Há um mês, os porcentuais eram de 0,18% e 0,12%, respectivamente.
No Focus desta segunda-feira, a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 3,58% para 3,59% de uma semana para outra - há um mês, estava em 3,55%.
IGP-M
O Relatório de Mercado Focus mostrou ainda que a mediana das projeções do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de 2019 passou de alta de 5,87% para elevação de 5,92%. Há um mês, estava em 5,86%.
No caso de 2020, o IGP-M projetado foi de alta de 4,00% para elevação de 4,09%, ante 4,00% de quatro semanas antes.
Calculados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do câmbio e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.