REIVINDICAÇÕES

Funcionários dos Correios anunciam greve a partir desta quarta-feira

A categoria protesta contra a ''retirada de direitos básicos'' e também o reajuste salarial

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Publicado em 30/07/2019 às 13:00
MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Com o PDI 2020, os Correios objetivam adequar sua força de trabalho - FOTO: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
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Os trabalhadores dos Correios anunciaram que entrarão em greve a partir da noite desta quarta-feira (31). Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), a categoria realiza na manhã desta terça-feira, 30, a última reunião prevista no calendário de negociação com os Correios, em Brasília.

De acordo com Fischer Moreira, secretário de imprensa da Fentect, a categoria protesta contra o baixo "reajuste salarial e contra a retirada de direitos históricos da categoria". Uma das alterações propostas pela empresa é a exclusão de pais como dependentes no plano de saúde dos funcionários e aumento na coparticipação do plano, que hoje está por volta de 30%. O reajuste salarial proposto é de 0,8%, valor considerado irrisório pela federação.

A greve foi anunciada ao presidente dos Correios, Floriano Peixoto, na última segunda (29). Apesar do indicativo de paralisação, os trabalhadores não descartam novas negociações. "Ainda que tenha uma data marcada para greve, o comando continua a disposição de negociar. Entendemos o momento da empresa, mas é necessário também ver o lado do trabalhador", afirma Moreira.

Privatização

Os Correios estão em meio a uma possibilidade de privatização, defendida pelo presidente Jair Bolsonaro. Os planos do governo, por enquanto, são de investir esforços na reforma da Previdência, enquanto as privatizações ficariam para um segundo momento. Fischer Moreira alega que a base aliada do governo no Congresso Nacional, como a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), divulga informações sobre a empresa que "faltam com a verdade".

"Não necessariamente a privatização vai trazer preços mais acessíveis, inclusive para regiões periféricas, e a precarização de serviços vai ser ampliada. A gente sabe que existe esse fantasma da privatização e combate essa perspectiva", diz.

Os Correios afirmaram que "continuam em negociação com representações dos empregados", com mediação do Tribunal Superior do Trabalho, e que "não é oportuno tratar de greve neste momento".

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