CÂMBIO

Dólar supera R$ 3,93 com tensão comercial e reforma da Previdência no radar

Na máxima até o momento, o dólar atingiu R$ 3,9346, maior valor desde a sessão da Reforma da Previdência de 31 de maio de 2019

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Publicado em 05/08/2019 às 10:26
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Na máxima até o momento, o dólar atingiu R$ 3,9346, maior valor desde a sessão da Reforma da Previdência de 31 de maio de 2019 - FOTO: Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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O dólar segue em alta no mercado doméstico nesta segunda-feira, 5, e já superou os R$ 3,930. O investidor opera sob cautela pelo acirramento da tensão comercial sino americano em meio a expectativas de votação do segundo turno da reforma da Previdência, na Câmara, nos próximos dias.

Às 9h40, o dólar à vista subia 1,12%, a R$ 3,9351. O dólar futuro para setembro estava em alta de 1,27%, aos R$ 3,9435. A taxa do cupom do dólar casado estava em 8,40 pontos, dentro da normalidade por enquanto, disse um operador de uma corretora.

Depois de quase 20 dias de recesso, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), marcou oito sessões de plenário para discussão e votação em segundo turno da reforma entre amanhã e quinta-feira. Na máxima até o momento, o dólar à vista atingiu R$ 3,9346 (+1,11%), maior valor intraday desde a sessão de 31 de maio de 2019 (a R$ 3,9983).

Segundo turno de votação da Reforma

O líder do governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), afirmou mais cedo, em entrevista à rádio CBN, que há um esforço para votar a reforma da Previdência em segundo turno nesta terça-feira.

Ao ser questionado sobre o clima na Câmara, caso Estados e municípios sejam reincluídos no texto da reforma no Senado, o líder não cravou uma posição, ao dizer que isso dependerá da "mobilização dos líderes". Vitor Hugo pontuou, no entanto, que a inclusão dos entes da federação no texto significaria uma economia adicional de cerca de R$ 350 bilhões, o que seria positivo para as contas do País como um todos.

O primeiro turno da proposta foi aprovado no dia 12 de julho pela Câmara e incluiu mudanças que suavizaram as regras para homens, mulheres, professores e policiais. Até o momento, a economia total esperada com a reforma em dez anos chega a R$ 933,5 bilhões.

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