Saiba onde e como surgiu a Black Friday

Neste ano, a Black Friday ou "Sexta-feira Negra" acontece no dia 29 de novembro. A promoção famosa é tradicional dos Estados Unidos e consiste numa considerável baixa de preços em produtos de diversas áreas. Neste ano, a Black Friday deve movimentar cerca de R$ 3 milhões na economia brasileira, segundo uma pesquisa feita pela Ebit/Nielsen. A promoção traz grandes ofertas com descontos que podem chegar aos 70%. No Recife, muita gente já foi às compras na noite da quinta-feira. Mas sempre há aqueles que preferem pagar dívidas para limpar o nome.

>>Assine o Jornal do Commercio com descontos especiais nesta Black Friday

>>12 dicas para você ter uma boa compra na Black Friday

O início de tudo

A origem do termo Black Friday (Sexta-feira Negra, em tradução livre) não é exata. Na história, a palavra 'negra' é erroneamente utilizada para conotar algum evento desastroso. No campo econômico, ela foi aplicada pela primeira vez em 1869 quando uma crise financeira nos Estados Unidos derrubou as bolsas de valores e instituições quebraram. À época, dois empresários por nome de Jay Gould e James Fisk geraram uma pequena crise financeira nacional quando tentaram assumir o mercado do ouro e batalharam para que pudessem conseguir grandes lucros.

Para indicar o período de compras, no entanto, uma teoria advém da Filadélfia dos anos 1960. Policiais dos Estados Unidos classificaram como Black Friday o dia que sucede o Dia de Ação de Graças. A referência seria o trânsito caótico causado pelo fim do feriado. Nesse dia, os lojistas teriam aproveitado a lentidão dos veículos para expor descontos promocionais nas fachadas das lojas e atrair quem passasse por ali.  

O termo foi ganhando popularidade nos Estados Unidos durante os anos 1990 e se tornou praxe com a internet e o surgimento do e-commerce.

A Black Friday surgiu nos Estados Unidos, mas o significado do nome não é para marcar o início das compras para as festas de fim de ano, como muitos pensam. O termo remete a uma crise econômica que aconteceu no século 19.

Chegada da promoção no Brasil

O ano era 2011. Uma nova promoção chegaria às lojas brasileiras e logo deixava o jogo pelas ofertas acirrado no país. Era a "Black Friday". No primeiro ano, a promoção teve mais força no mercado online. Hoje, a Black atinge desde o comércio pequeno até o grande varejista.

O Procon Recife está de olho em quem tentar fazer "Black Fraude"!

Para a presidente do Procon Recife, Ana Paula Jardim, é necessário que os consumidores comecem a pesquisar preços dos produtos que têm interesse, pelo menos, uma semana antes da promoção. O próprio Procon Recife já iniciou no último dia 15 de outubro uma pesquisa de preços de 31 itens mais demandados na Black Friday, como televisores, celulares e eletrodomésticos.

Ana Paula diz que, no ano passado, o Procon Recife recebeu muitas reclamações de consumidores sobre falsas promoções, por isso resolveram fazer a pesquisa. “Já percebemos uma flutuação de preços, com alguns itens ficando mais caros e outros até mais baratos. Mas o que queremos é identificar a prática abusiva de elevar demais o valor do produto próximo a Black Friday para só então aplicar o desconto. Se há um apelo de promoção é preciso que haja uma diferenciação real do preço, sob pena de não ser enquadrado como propaganda enganosa”, alerta.

Expectativa da promoção no Recife

A radiologista Jeane Paz, de 37 anos, conta que não costuma fazer muitas compras neste período, mas agora, ela, que é mãe, pretende procurar promoções de fraldas. Quanto questionada pelo JC se pesquisou os preços antes da promoção, ela respondeu que sabe bem os valores habituais. “Sou consciente de que as filas são enormes e as pessoas ficam desesperadas. Então estou tranquila. Se conseguir, vai ser ótimo”, disse.

Para o diretor executivo da Câmara de Dirigentes Lojistas do Recife, Fred Leal, a Black Friday, que no início era mais focada no comércio online, se tornou um evento importante para o varejo.

Fred Leal afirma que as lojas de calçados e confecções do Centro do Recife são menos impactadas pelo apelo da sexta de descontos “porque o interesse do público é mesmo pelos produtos eletrônicos”. Ele, no entanto, admite que é uma data de boa venda, sim. “A própria indústria já entendeu isso e oferece descontos para que o comerciante trabalhe margens mais interessantes nesta época,” diz Leal, afirmando ainda que, no Brasil, a data acabou se desvirtuando um pouco. “Por aqui, o Black Friday, que deveria ser apenas um dia, dura a semana inteira, ou mais, o que pode acabar esvaziando um pouco as compras do Natal, que ainda é a maior data do comércio varejista”, disse Leal.

>>  Veja os produtos que realmente valem a pena comprar na Black Friday