O domingo de Páscoa este ano cai no dia 12 de abril. Faltando mais de um mês para a grande data do Cristianismo a indústria brasileira de chocolates está otimista para 2020 e já gerou 14 mil vagas temporárias, diretas e indiretas, para atender ao período de Páscoa, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Amendoim e Balas (Abicab). As empresas iniciaram o planejamento para a data com cerca de 18 meses de antecedência e começaram a contratar já em setembro do ano anterior.
Só nas fábricas há um incremento de cerca de 16% no volume de mão de obra no período. A produção de 2020 está em andamento. Mal terminou o Carnaval, as gôndolas das lojas já começaram a ser abastecidas, embora o volume maior de distribuição comece a partir da próxima semana. “Presentear com chocolate na Páscoa é uma tradição no Brasil, por isso, as indústrias investem constantemente em inovação para fazer frente a esta demanda e contribuir, durante este período, para o aquecimento da economia e a movimentação do varejo”, comentou o presidente da Abicab, Ubiracy Fonsêca. O representante dos maiores fabricantes de chocolate do País não quis projetar um crescimento para as vendas deste ano, mas está otimista. “A inflação está controlada e os juros estão baixos. O momento é bom para aquecer o consumo”, diz Ubiracy Fonsêca.
PÁSCOA
No mercado local de chocolates a movimentação também é intensa. O diretor industrial da Companhia do Cacau, Marcelo Souza, confirma a grande geração de empregos temporários nesta época do ano. “Nós praticamente dobramos o número de funcionários, tanto na produção quanto na promoção de vendas”. Marcelo diz que foram 100 contratados para a produção e mais 200 promotores de vendas.
A empresa pernambucana que já existe há 30 anos, voltou a sua produção para a Páscoa desde outubro do ano passado, quando começou a produção dos chocolates em barra de 1 quilo, utilizadas na fabricação de ovos de Páscoa caseiros. Em janeiro último, a Companhia do Cacau deu início a produção dos ovos de chocolate. “Esperamos um incremento na produção de 15% este ano. Devemos produzir cerca de 360 toneladas, o equivalente a 3 milhões de ovos”, disse Marcelo Souza.
PREÇOS
A maior oferta também será acompanhada pela elevação dos preços. Marcelo Souza calcula que o produto fique, em média, 10% mais caro este ano, em função dos aumentos nos insumos. “A gordura vegetal subiu de preço em torno de 48%. O açúcar encareceu 25% e o leite outros 25%. Na verdade, repassamos para a produção uma porcentagem mínima da elevação dos nossos custos”, assegura Souza.