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Nenhum interessado comparece para arrematar Usina Catende

Uma nova data será marcada para o leilão. A data ainda não foi definida

Do JC Online
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Publicado em 13/06/2012 às 16:07
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Nenhum interessado compareceu ao Fórum Rodolfo Aureliano, na Ilha Joana Bezerra, área central do Recife,  na tarde desta quarta-feira, para participar do leilão do parque industrial da Usina Catende. O leilão foi iniciado às 15h18m e encerrado com menos de um minuto. Cerca de 15 pessoas compareceram ao evento, mas ninguém ofereceu o lance mínimo, fixado em R$ 100,7 milhões. Responsável pela falência, o juiz da 18ª vara cível, Sílvio Romero Beltraõ, vai definir ainda nesta quarta-feira uma nova data e o preço de um segundo leilão.

Caso não haja compradores no segundo leilão, o juiz vai arrendar a Usina Catende a um grupo privado por um tempo determinado para posteriormente realizar outro leilão até vender a empresa.

Junto com o parque industrial,  também foi colocado no leilão o Engenho Catende, com uma área de 250 hectares,  um conjunto de quatro geradores, veículos e máquinas agrícolas. O processo de falência se arrasta desde 1995. A administração da massa falida vem apresentando problemas há pelo menos quatro anos. O atual síndico é o quarto a ocupar o cargo e iniciou a sua gestão em 2009.

O processo de falência só se encerra, quando a Justiça vende a empresa para pagar os seus credores.

O valor pelo qual a usina está indo a leilão é inferior aos débitos trabalhistas da empresa, estimado em R$ 159 milhões. No processo de falência, os bens de uma empresa são vendidos para pagar os seus credores.

Na época em que foi iniciada a falência, a intenção era fazer uma gestão socialista com a participação dos trabalhadores. No entanto, com o tempo foram aparecendo vários problemas de gestão. O terceiro síndico da Catende foi deposto por suspeitas de “irregularidades graves”, incluindo uma folha de pagamento superior a R$ 1 milhão, segundo informações da Justiça.

 Durante o processo de falência, a Justiça nomeou quatro síndicos para administrar a massa falida. O maior bem da usina, as terras foram desapropriadas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) pagas pelo governo federal com Títulos da Dívida Agrária que vencem a longo prazo.

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