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Total de famílias endividadas cai em dezembro, diz CNC

Na comparação anual, entretanto, houve alta no número de famílias endividadas já que em dezembro de 2012 essa proporção era de 60,7%

da Agência Estado
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Publicado em 18/12/2013 às 11:09
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O total de famílias brasileiras que disseram estar endividadas caiu um ponto porcentual no mês de dezembro, passando a 62,2%, ante 63,2% em novembro. As dívidas incluem cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), nesta quarta-feira (18).

Na comparação anual, entretanto, houve alta no número de famílias endividadas já que em dezembro de 2012 essa proporção era de 60,7%. "Apesar da moderação no consumo, a elevação do custo do crédito e a redução dos ganhos reais dos salários têm mantido o nível de endividamento das famílias em patamares elevados. Entretanto, o perfil mais favorável de endividamento, com prazos mais longos, permite uma melhora na percepção em relação ao endividamento", diz a economista da CNC Marianne Hanson, em comunicado.

Em dezembro, 20,8% das famílias relataram ter algum tipo de dívida em atraso, contra 21,2% em novembro e 21,7% em dezembro do ano passado. Segundo a CNC, o efeito sazonal dos ganhos com o décimo terceiro salário influenciou positivamente esse resultado. 

O porcentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso - e que, portanto, permaneceriam inadimplentes - apresentou redução nas comparações mensal e anual. Em dezembro de 2013, essa parcela respondeu por 6,5% das famílias, ante 6,6% em novembro e 7,0% em dezembro de 2012.

13º SALÁRIO - A CNC destaca que os indicadores de inadimplência foram beneficiados pelo efeito sazonal dos ganhos com o décimo terceiro salário. Houve também melhora na percepção das famílias em relação à sua capacidade de pagamento de débitos em atraso. Há ainda uma melhora no perfil do endividamento na comparação anual que vem permitindo a redução dos indicadores de inadimplência, apesar do maior nível de endividamento observado em 2013.

A proporção das famílias que se declararam muito endividadas caiu entre os meses de novembro e dezembro de 2013 - de 12,1% para 11,6% do total. Na comparação anual, também houve redução desse indicador. Ainda na comparação entre dezembro de 2012 e dezembro de 2013, a parcela que declarou estar mais ou menos endividada passou de 21,5% para 24,6%, e a parcela pouco endividada passou de 27,2% para 26,0% do total dos endividados.

Entre as famílias com contas ou dívidas em atraso, o tempo médio de atraso foi de 59,4 dias em dezembro de 2013 - abaixo dos 60,8 dias de dezembro de 2012. O tempo médio de comprometimento com dívidas entre as famílias endividadas foi de 6,6 meses, sendo que 29,9% estão comprometidas com dívidas até três meses, e 29 8%, por mais de um ano. Ainda entre as famílias endividadas, a parcela média da renda comprometida com dívidas aumentou na comparação anual, passando de 29,6% para 30,2%, sendo que 21,8% delas afirmaram ter mais da metade de sua renda mensal comprometida com pagamento de dívidas. 

A redução do número de famílias endividadas em relação ao mês anterior, contudo, se deu apenas no grupo de famílias com renda até dez salários mínimos. Na comparação anual, houve aumento apenas para a faixa de menor renda. Para as famílias que ganham até dez salários mínimos, o porcentual de famílias com dívidas foi de 63,9% em dezembro de 2013, ante 65,2% em novembro de 2013 e 61,9% em dezembro de 2012. 

Para as famílias com renda acima de dez salários mínimos, o porcentual de famílias endividadas passou de 53,4% em novembro para 53,9% em dezembro de 2013. Em dezembro de 2012, o porcentual de endividadas nesse grupo de renda era de 54,6%.

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