“Eu lia jornal todo dia, agora leio o dia todo”, disse o publicitário Luiz Lara em palestra feita ontem no Recife, a convite do Jornal do Commercio, para publicitários pernambucanos. A frase traduz a nova postura das empresas do setor: é a credibilidade do que é apurado e publicado pelos jornais que mantém a maior parte do conteúdo de qualidade em todas as plataformas de mídia 24 horas por dia.
“O que se ouve no rádio, o que se passa adiante via redes sociais, começou com uma notícia do jornal. Por isso digo que agora ‘leio’ o jornal o dia todo”, explicou Lara. O auditório do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação (SJCC) estava lotado de profissionais da área de publicidade e propaganda interessados no que o fundador e chairman da Lew’LaraTBWA tinha a dizer sobre como o jornal impresso, o mais tradicional entre os veículos de comunicação de massa, se tornou “mais relevante do que nunca”.
Em sua palestra, ele comentou ainda que a geração de conteúdo nunca foi tão rápida, aumentando a relevância do jornal, o que desbanca a falsa impressão de obsolescência. Ele reforçou que o jornal tem a credibilidade que as pessoas procuram para checar a veracidade dos fatos e para promover a análise e o debate. “Do momento que você acorda até quando você dorme, você se pauta pela confiança. O jornal está dentro dessa confiança”, cravou Lara. Esse tem sido o conceito da campanha Jornal. Está em tudo, da Associação Brasileira de Jornais (ANJ), elaborada pela Lew’LaraTBWA e lançada no ano passado.
O Estudo Impacto das Mídias 2014, realizado pelo Instituto Máquina de Pesquisa, ilustra esse contexto. A pesquisa apurou hábitos de consumo de informação dos principais líderes do meio empresarial brasileiro: 93% dos entrevistados não confiam nas informações produzidas por redes sociais, apesar de 96% fazerem uso desse tipo de mídia; e 81% apontaram o jornal impresso como fonte mais confiável.
O vice-presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap) e presidente da agência Ampla, Queiroz Filho, estava na palestra. Na visão dele, essa credibilidade torna-se um ponto ainda mais significativo para os anunciantes em tempos de crise. “Associar sua marca a esse atributo fortalece a mensagem, já que o jornal é não apenas a fonte mas também avalista das informações”, analisa.
Lara acrescentou que agora o desafio que se coloca diante dos jornais é a aproximação com as novas linguagens. Ele citou o aplicativo comuniQ, do SJCC, como exemplo dessa interação. O JC também dispõe de diversos recursos interativos para assinantes no JC Premium, em que é possível acessar online todo o conteúdo do jornal impresso com vídeos, galerias de fotos e áudios, tanto das matérias quanto dos anúncios.
Veja entrevista sobre relevância do jornal e sobre como as agências podem enfrentar a crise econômica