Falta pouco para o imóvel de número 213 da Rua do Apolo, no Bairro do Recife, receber parte da operação do Centro de Pesquisa, Desenvolvimento, Inovação e Engenharia Automotiva do grupo Fiat Chrysler Automobiles (FCA). O espaço irá receber, provisoriamente, os engenheiros de software e programadores que desenvolverão os sistemas que serão embarcados dos veículos da montadora.
“Dentro de no máximo quatro meses a operação estará em andamento. O prédio está pronto, só faltam alguns ajustes finos e a instalação dos equipamentos”, explica o diretor executivo do Porto Digital, Leonardo Guimarães. O edifício faz parte do parque tecnológico, e será alugado para a FCA pela Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper) enquanto o centro de pesquisas não ocupa seu espaço definitivo na Fábrica Tacaruna.
A celeridade da empresa tem justificativa: com a fábrica da Jeep em Goiânia já trabalhando, a Fiat quer o sua área de P&D também ativa o quanto antes. “O Governo do Estado tem atuado para viabilizar o início de operação do Centro de Pesquisa & Desenvolvimento da FCA em Pernambuco o mais rápido possível. Essa iniciativa se dá a partir da disponibilização de espaços temporários no Grande Recife para o funcionamento das diversas atividades que serão realizadas pelo Centro”, explica a gerência da Ad Diper, em nota. Além de do imóvel no Porto Digital, a agência disponibilizou também uma unidade em um condomínio logístico em Jaboatão dos Guararapes.
O prédio da Rua do Apolo, que possui cerca de 980 m² e fica um pouco antes do Porto Mídia, foi adquirido pelo Núcleo de Gestão do Porto Digital antes mesmo de qualquer acordo com a FCA, como parte do plano de expansão do parque tecnológico. “Encontramos o imóvel em ruína, e fizemos todo o reparo para que ele pudesse receber qualquer empresa de tecnologia”, conta Guimarães. Essa reforma inicial custou R$ 2,5 milhões – outros R$ 690 mil serão gastos da adequação do imóvel para receber as atividades do centro de P&D. “Essa última etapa da reforma, que inclui a instalação de alguns sistemas e de um gerador, pode ser feita em paralelo à chegada do mobiliário e dos equipamentos. Essa nossa expectativa de quatro meses é para o início das atividades”, avalia o diretor.
Para quem trabalha no setor da Tecnologia da Informação, este centro será o um dos maiores legado da chegada da fábrica da Jeep à região. “Quando ele estiver em pleno funcionamento, serão mais de 500 profissionais trabalhando numa área de conhecimento muito especializada e que até então Pernambuco não tinha nenhuma expertise”, afirma Guimarães. O espaço vai desenvolver pesquisa em todas as áreas de desenvolvimento de um veículo, desde softwares, passando por design, chassis, carroceria, interiores e eletroeletrônica.