O setor de franquias tem dados animadores: mesmo na crise, a indústria do franchising ampliou seu faturamento nominal em 9,2% no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF). A expectativa é de que o setor cresça cerca de 8% neste ano.
De olho nisso, a empresa de perfumaria e cosméticos Chlorophylla decidiu focar a expansão do número de franquias e em um novo formato de loja. “Estamos nos reposicionando no mercado e planejando abrir 200 novas franquias no Nordeste até 2020. Apesar da crise, a média de crescimento da marca está entre 20 e 30%”, diz a diretora, Chayza Dantas.
O empresário Roberto Carlos Barbosa é franqueado da joalheria dinamarquesa Pandora e também está otimista. “Crescemos em torno de 35% de janeiro a maio deste ano em relação ao ano passado. Realmente vamos de contra um momento que o País vive”, ressalta.
O diretor regional Nordeste da ABF, Leonardo Lamartine, explica que, historicamente, o setor costuma crescer em momento de crise. “As pessoas que já queriam empreender tinham recursos antes da crise e se direcionam para o setor por ser mais seguro, pois a mortalidade de franquias em cinco anos é de 3,8%”, revela. Além disso, de acordo com ele, nesse período há muitos desligamentos de pessoas das empresas e elas buscam se realocar e empreender no setor.