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Mudam as regras para uso do cheque especial

Bancos terão que oferecer alternativas mais baratas para pagamento da dívida a partir deste domingo

Edilson Vieira
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Edilson Vieira
Publicado em 01/07/2018 às 9:12
Agência Brasil
Bancos terão que oferecer alternativas mais baratas para pagamento da dívida a partir deste domingo - FOTO: Agência Brasil
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A partir deste domingo (1), começam a valer as novas regras, anunciadas em abril, para uso do cheque especial. As mudanças foram propostas pelo próprio setor financeiro e tem objetivo, segundo a Federação Brasileira de Bancos, de reduzir o índice de inadimplência e, conscientemente, os juros que hoje estão, em média, em 321% ao ano, mas podem chegar a 518% anuais, dependendo da instituição bancária, segundo o Banco Central.

Pelas novas regras, os bancos devem apresentar no extrato, o saldo do cheque especial à parte, e não incluído no saldo da conta corrente do cliente. Os bancos também terão que avisar ao cliente quando o cheque especial for utilizado e a conta corrente ficar sem saldo. Para os clientes que usarem mais de 15% do limite da conta ao longo de um mês, o banco deverá entrar em contato para oferecer alternativas de crédito mais baratas para o financiamento da dívida. Caso o consumidor não aceite a oferta e continue utilizando o saldo restante do cheque especial, o banco deve voltar a fazer a mesma proposta 30 dias depois.

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As opções de financiamento da dívida mais vantajosas, devem ser disponibilizadas ao cliente a qualquer momento, basta que os clientes entrem em contato com o banco. O novo sistema vai permitir um melhor acompanhamento do uso do cheque especial por parte do usuário mas não evita o principal problema dessa modalidade de crédito: os juros altos. Para o analista financeiro e professor aposentado de Economia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Roberto Ferreira, o cheque especial é uma ótima ferramenta de crédito, mas que deve ser evitada. “O cheque especial é para ser utilizado em uma emergência, quando é necessário saldar uma despesa e não há dinheiro disponível no momento. O problema é deixar essa dívida rolar”, diz o professor. Ele alerta que ,além dos juros “absurdos”, todo crédito bancário vem acompanhado de outras taxas como o IOF (imposto sobre operações financeiras), e multa por dias de atraso. “O ideal é que o correntista tivesse uma reserva, que pode ser um valor na poupança ou aplicação em Renda Fixa, para saldar o mais rápido possível a dívida com o cheque especial”, afirma Ferreira.

Segundo a Febraban, o uso do cheque especial caiu 4,5% em 12 meses (entre janeiro de 2017 e janeiro de 2018) mas a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), aponta que o cheque especial é a terceira modalidade de crédito mais utilizada no comércio, ficando atrás do cartão de crédito e do crédito pessoal.

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