COMBUSTÍVEL

Postos do Recife já aplicam aumento na gasolina repassado pela Petrobras

Na segunda-feira, a estatal anunciou aumento médio de R$ 0,07 por litro de gasolina

JC Online
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Publicado em 30/04/2019 às 11:28
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Na segunda-feira, a estatal anunciou aumento médio de R$ 0,07 por litro de gasolina - FOTO: Foto: Brenda Alcântra/JC Imagem
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Postos de gasolina do Recife já aplicaram o aumento médio de R$ 0,07 por litro de gasolina, anunciado pela Petrobras na noite de segunda-feira (29). Antes do anuncio, foi possível ver nas ruas do Recife o preço da gasolina comum variando entre R$ 4,089 e R$ 4,399. Já na manhã desta terça, a equipe de reportagem do Jornal do Commercio encontrou postos com preços de R$ 4,45 a R$ 4,497 para o combustível.

Orlando Amorim, gerente do posto Shell na Conde da Boa Vista, afirma que antes do anuncio o valor cobrado pelo litro da gasolina comum era de R$ 4,39. "Com o aumento de R$ 0,07, passamos para a bomba R$ 0,06", explica.

Motoristas que saíram para abastecer na manhã desta terça reclamaram do reajuste, como foi o caso de Glória Pacheco: "É um absurdo, porque a gente não tem controle mais das coisas. Todos os dias aumenta. E combustível é uma necessidade para a gente se locomover, para resolver as coisas. E ainda tem aumento das passagens, tudo aumenta". O motorista de táxi Abraão Salustiano também sentiu a mudança: "Não tem condições. Só aumentando, enquanto o salário não aumenta nada, tá muito difícil".

De acordo com o Presidente do Sindicato de Combustíveis, Alfredo Ramos, não se sabe quando os preços serão reduzidos. A causa disto, tem ligação também com as instabilidades do mercado de investidores. “O combustível aumenta e diminui, como consequência do mercado de investimento. Insegurança de governos, trocas de gestão promissoras, descobertas de fontes de petróleo e fechamentos de acordos comerciais entre países, movimentam o mercado e podem trabalhar tanto contra como a favor dos preços de barris”, completa Alfredo.

Explicação da Petrobras

“Nossa política de preços para a gasolina e o diesel vendidos às distribuidoras tem como base o preço de paridade de importação, formado pelas cotações internacionais destes produtos mais os custos que importadores teriam, como transporte e taxas portuárias, por exemplo. A paridade é necessária porque o mercado brasileiro de combustíveis é aberto à livre concorrência, dando às distribuidoras a alternativa de importar os produtos”, explicou a estatal em nota.

O preço final ao consumidor atende às leis de mercado e não depende da Petrobras, podendo ficar acima ou abaixo do aumento nas refinarias. Sobre o valor pago pelos motoristas nas bombas, incidem tributos estaduais e municipais, além do valor da mão de obra, custos de operação e margem de lucro de cada distribuidora e de cada posto de combustível.

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