Os motoristas que trabalham diariamente no leva e traz de trabalhadores de Complexo Industrial Portuário de Suape pretendem paralisar todas as atividades nesta sexta-feira (17). Eles reivindicam pagamento de horas-extras, redução da carga horária e melhores condições das instalações, onde passam o dia esperando a jornada do porto terminar para levar o pessoal de volta para casa. São cerca de 900 funcionários que atendem aos 60 mil trabalhadores de empresas do Complexo.
De acordo com o representante da CSP Conlutas, Hélio Cabral, os motoristas têm praticado uma carga média de 15 horas diárias, além do trabalho aos sábados, e não têm recebido recebido nem um centavo de hora-extra. "Além disso, não há área de convivência, os profissionais passam o dia lá sem sequer ter instalações sanitárias decentes", protesta. A Conlutas tem atuado no caso como entidade apoiadora.
O sindicato da classe patronal já alegou que a negociação será complicada, já que não tem condições de ceder a muitos dos pedidos. Para o presidente do Sindicato das Empresas de Fretamento (Sinfrete), Emanuel Correia, o maior problema será negociar as horas-extras. “As empresas pagam pelo tempo em que os motoristas estão na direção, no intervalo eles não ficam à disposição”, afirma.