O governo do Estado deu o pontapé inicial para que o projeto da Adutora do Agreste saia do papel, realizando na manhã desta quinta-feira uma audiência pública sobre o empreendimento. “A lei exige que todo projeto acima de R$ 150 milhões, seja realizado uma audiência pública”, explica o secretário estadual de Recursos Hídricos e Energéticos, José Almir Cirilo.O projeto é importante para o Estado porque vai fazer a água da transposição do São Francisco chegar a 68 cidades do Agreste e Sertão de Pernambuco.
A adutora será alimentada pelas águas do São Francisco a partir do Eixo Leste, um canal de 287 quilômetros da transposição do rio. Essa obra, no entanto, está atrasada. O Eixo Leste, apenas um de dois canais, deveria ter ficado pronto em 2010 e agora só vai sair em 2014.
Agora, o próximo passo é a publicação do edital para contratar as obras que deverá ser lançado em março, segundo o presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Roberto Tavares. O evento foi realizado no auditório da estatal, na Cruz Cabugá, que tem a capacidade de acomodar 100 pessoas. Algumas pessoas ficaram de pé. Participaram representantes das prefeituras, da sociedade civil e de algumas empresas interessadas em fornecer serviços ou materiais para a implantação do projeto.
A Adutora do Agreste será o maior projeto feito pela Compesa. Na primeira etapa, vai beneficiar 12 municípios e a sua implantação tem um custo estimado em R$ 1,4 bilhão, sendo R$ 1,3 bilhão bancado pelo Ministério da Integração Nacional e uma contrapartida de 10% do governo do Estado, estimada em R$ 100 milhões.