O presidente da Transpetro, Sérgio Machado, também aproveitou a solenidade de entrega do navio João Cândido para justificar, de uma certa forma, os problemas enfrentados ao longo de quatro anos na construção da embarcação. “Pernambuco provou que sabe fazer navios. A Coreia (referência na produção da indústria naval) levou 30 anos para ser o que é”, destacou. O navio fará parte da frota da Transpetro a partir desta sexta-feira, quando deixa o porto de Suape. Já Sérgio Machado deve deixar, em breve, de fazer parte da estatal.
A demora de quase 4 anos para construir o petroleiro João Cândido vai custar caro ao Estaleiro Atlântico Sul (EAS). O primeiro navio do empreendimento vai sair de Suape com preço 53% acima do valor estabelecido no contrato com a Transpetro. Atraso no cronograma, retrabalho e necessidade de reforçar a contratação de mão de obra fez o valor saltar de R$ 323,4 milhões para quase meio bilhão de reais (R$ 495 milhões), no acumulado de 2008 a 2011.