Mercado de capital

Multinvest e CRPC fazem uma joint venture

Dentro de dois anos empresas que atuam na área de investimentos e gestão de recursos devem fazer uma fusão

Da editoria de economia
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Publicado em 05/08/2012 às 11:30
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Aproveitar o momento econômico da região Nordeste e principalmente de Pernambuco para alavancar investimentos. Tanto com participação acionária nas empresas locais – mais atraentes por conta do crescimento do mercado – quanto  em grandes apostas na renda variável. Em meio a esse cenário, surgiu a joint venture entre as pernambucanas Multinvest Administração de Recursos e a CRPC Asset Management.

“A Multinvest tem a expertise que é complementar à nossa”, comenta Luiz Fernando Araújo, integrante da gestora CRPC e um dos poucos no Brasil a ter a certificação CFA 3 (certidão reconhecida internacionalmente como o padrão de excelência para os profissionais que trabalham com investimentos).

A Multinvest tem forte experiência em consultoria financeira, com estruturação de fundos. A CRPC tem atuação na renda variável e é atualmente uma das três gestoras independentes que atuam em Pernambuco. A união vai, naturalmente, ampliar o leque de atuação das duas empresas. Uma aproveitando o conhecimento da outra para ganhar mercado e oferecer um serviço mais completo.

Com a queda dos juros, a renda variável, inclusive, tende a ganhar mais mercado. Ao mesmo tempo, a crescente demanda pelas empresas locais exigirá cada vez mais investimentos e a atração de sócios com recursos. Esse trabalho de prospecção de quais empresas podem ser atraentes é um dos focos do trabalho dessa nova equipe.
“A joint venture começa com um portfólio formado por oito fundos de investimentos que totalizam R$ 100 milhões”, comenta um dos sócios, Osvaldo Moraes.

A meta é ousada. Dentro do prazo de 24 meses a joint venture deve se tornar uma fusão. “É nesse prazo que pretendemos dobrar o valor de recursos sob a gestão, chegando a R$ 200 milhões”, estima Hermano Menezes, outro sócio da empreitada.

Uma das tentativas da nova formação é atuar sobre as aplicações dos fundos de previdência locais e tentar quebrar a resistência do empresariado nordestino de abrir capital para a entrada de sócios e novos aportes ao invés se endividar, pegando empréstimos no sistema financeiro.

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