Telefonia

TIM reforça investimentos no Estado e promete melhora já em setembro

Operadora diz que investirá R$ 150 milhões para aumentar capacidade de tráfego de voz e dados

Da editoria de economia
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Publicado em 18/08/2012 às 8:05
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A TIM planeja investir R$ 150 milhões até o final do ano na melhoria de sua rede no Estado de Pernambuco. Segundo o diretor nacional de Vendas, Lorenzo Lidner, os recursos serão suficientes para melhorar em 33% o tráfego de voz e em 100% o fluxo de dados. Isso significa suportar 1/3 a mais de tráfego de voz e dobrar a capacidade de rede de dados ainda este ano, para dar suporte ao crescente número de usuários que usam os smartphones para acessar a internet. “A gente acredita que já a partir de setembro e outubro o consumidor vai perceber a melhoria do serviço”, diz o executivo da TIM.

O executivo também diz que até outubro a empresa vai lançar uma tecnologia de transmissão intermediária entre o 3G e o 4G, que dará mais velocidade de tráfego e que, até abril do ano que vem, estará com a sua rede 4G pronta no Recife. “Por conta da Copa. Nosso investimento do período 2012 a 2014 será de R$ 250 milhões”, abriu.


O anúncio vem numa hora em que a operadora italiana precisa reconquistar a simpatia do consumidor, após semanas aparecendo em noticiários negativos. O primeiro relativo à proibição de vendas de novos chips e o mais recente em relação ao relatório vazado da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em que acusava a operadora de derrubar de propósito a ligação de clientes para forçar uma nova chamada. “A gente sofreu um dano de imagem e por uma notícia que não tem fundamento, pois o relatório era preliminar”, justifica Lidner. A Anatel admitiu que o documento não estava concluído porque faltava a defesa da TIM. “Postamos a nossa defesa, o que a gente vai fazer pra frente é reforçar os investimentos e oferecer um serviço cada vez melhor.”

 

Veja nota em que a operadora nega que tenha derrubado ligações de seus clientes deliberadamente:

 

ARGUMENTOS RELATÓRIO FISCALIZAÇÃO TIM x ANATEL

 

 

A TIM nega veementemente que eventuais quedas de chamadas de seus clientes Infinity sejam motivadas por ação deliberada da companhia, conforme relata reportagem publicada em 7 de agosto DE 2012 no jornal Folha de São Paulo. O conteúdo do relatório mencionado na matéria é proveniente de um escritório regional da Anatel e já foi analisado pela equipe técnica do órgão regulador, em Brasília. Na ocasião, a TIM entende que foram identificados graves erros de processamento, que alteram as informações apresentadas e levam a conclusões erradas.

 

A empresa reitera que preza pela transparência total na relação com seus consumidores e informa, ainda, que suas considerações sobre esse relatório já estão protocoladas na Anatel e à disposição do público.

 

Passo a Passo: Relatório de Fiscalização e Defesa

 

·         No Relatório de Fiscalização enviado pela Anatel em 25 de novembro de 2010, a agência aponta que a TIM interfere nas chamadas realizadas pelos usuários do plano Infinity, objetivando a desconexão da mesma e causando danos para o cliente.

 

·         No dia 29 de dezembro do mesmo ano, a TIM emitiu um relatório contestando tais considerações. 

 

·         A Anatel não se posicionou sobre o relatório da operadora e, apenas em 30 de maio deste ano, voltou a emitir novo relatório.

 

·         Novamente, a TIM questionou todos os erros de processamento e critérios da análise em relatório formalizado em 16 de julho de 2012. Mais uma vez, a Anatel não se posicionou sobre essas alegações.

 

·         A contestação da TIM baseia-se em critérios falhos que implicam em conclusões erradas, principalmente aos seguintes pontos:

 

 

1.       Falha no critério de queda de chamadas: a queda de ligações é uma consequência inerente às características do serviço móvel de telefonia, por conta de fatores externos como condições topográficas e/ou climáticas da região onde se encontra o usuário, velocidade com que se movimenta, distância do usuário da antena, entre outros. Não foram avaliados os motivos das quedas das chamadas. O relatório considera que todas as desconexões estariam ligadas a falhas de rede da TIM, o que não procede. Existem motivos que fogem da alçada da operadora, tais como chamadas desconectadas por falta de créditos do cliente, falhas nos aparelhos celulares, falta de bateria, problemas de rede da operadora de destino.

 

2.       Falha no critério de separação de grupos “Infinity” e “Não Infinity”: a criação dos dois grupos, na análise da Anatel, foi baseada no plano associado às linhas. A Anatel comete um equivoco ao considerar que todo cliente Infinity paga por chamada, já que há chamadas pagas por minuto quando ligam para números de outras operadoras ou utilizando código de longa distância diferente do código 41. Sendo assim, a medição ficou totalmente comprometida e novamente com conclusões erradas.

 

 

A TIM destaca que não há fundamentos no relatório que demonstrem a existência de um tratamento desigual por parte da empresa aos usuários “Infinity” e “Não Infinity” e reforça que não existe sequer possibilidade técnica para fazer essa distinção por plano de serviço.

 

Por fim, a TIM considera que o relatório expressou um juízo de valor antes de publicação da decisão final, em desamparo ao devido processo legal e afetando o direito de ampla defesa da empresa.

 

 

 

 

 

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