As expectativas dos consumidores e do varejo da Região Metropolitana do Recife para o Dia dos Pais deste ano estão mais modestas que as registradas em 2012. Enquanto 62,6% dos comerciantes afirmam esperar um crescimento nas vendas do feriado de 2013 (10,3%), no ano passado eles eram 74,4%. Além da data não ter tantas comemorações quanto no ano passado – 69,7% em 2012 –, os consumidores que festejarão pretendem gastar R$ 110 em presentes, contra R$ 166 em no último ano. A preferência geral é por eletroeletrônicos (84,09%). Os números foram divulgados ontem pela Fecomércio-PE.
“Dos consumidores, preços altos e a queda na oferta de crédito em relação aos anos passados contribuíram para essa retração. Quanto aos empresários, a carga tributária (32,4%) somada à inadimplência (28,4%) e à inflação (21,5%) contribuem para o cenário”, explica o economista Osmil Galindo, da Ceplan Consultoria, empresa responsável pela realização da pesquisa.
Na semana passada, o JC apurou junto à CDL Recife que o crescimento esperado do faturamento no Dia dos Pais na capital seria próximo a zero. Na pesquisa da Fecomércio, entretanto, não é possível comparar as informações porque os empresários que confiam no aumento do faturamento no Dia dos Pais não responderam se os 10,3% de crescimento esperado são reais (descontada a inflação) ou nominais (ainda sem o corte inflacionário).
A preferência do consumidor é, como no ano passado, gastar mais com restaurantes ou viagens. Enquanto a pretensão de gastos com restaurantes cresceu levemente (de R$ 133 para R$ 135), a de vaigens caiu – eram R$ 518 em 2012 e foram para R$ 400 em 2013.
Entre os que comprarão presentes, a intenção de 60,3% é pagar com dinheiro e 36% com cartão de crédito. Sobre o comércio eletrônico, “é uma modalidade mais forte quando o assunto é compra pessoal, não para presentear”, pontua Osmil Galindo. A afirmação contraria a expectativa de crescimento de 25% no faturamento em relação a 2012, divulgada na semana passada pela consultoria E-bit.
Acerca da contratação de funcionários temporários, deve ficar baixa: segundo a pesquisa, apenas um em cada cinco deve investir no corpo de trabalhadores.
Na RMR foram realizadas 352 entrevistas com consumidores. Entre os empresários, a pesquisa abrange 377 estabelecimentos.